Alunos e professores de escolas estaduais poderão estudar e planejar as atividades do modelo remoto com internet cedida pelo Governo do Estado a partir do início do ano letivo, marcado para 18 de fevereiro. O anúncio foi feito pela Secretaria de Estado da Educação (SED), nesta quinta-feira, 11, no Instituto Estadual de Educação, em Florianópolis.
“Estamos comprometidos em garantir um retorno seguro às aulas. Nós entendemos que a escola tem que ser a extensão da família e precisa estar engajada nesse processo de cuidado. Com a internet, damos mais um passo para garantir que todos tenham acesso ao conteúdo cada vez mais inovador, seja em casa ou em sala de aula. Estamos aqui para apoiar o aprendizado desses estudantes e o trabalho dos professores, ainda mais essencial neste momento”, reforça o governador Carlos Moisés.
O investimento do Governo do Estado para adquirir pacotes de dados para acesso à internet pelo celular pode chegar a R$ 900 mil por mês. A iniciativa beneficia mais de 550 mil usuários, incluindo todos os professores e alunos da rede estadual, que poderão em algum momento estar inseridos no modelo de ensino misto ou 100% remoto.
"A possibilidade de usar a internet de forma gratuita para acessar as atividades remotas irá democratizar a volta às aulas em Santa Catarina. Como sabemos que no dia 18 não retornarão todos os alunos para o presencial, considerando que também temos os modelos de ensino misto e remoto, a internet patrocinada será uma importante ferramenta para a qualidade da educação catarinense neste ano", destaca o secretário da Educação, Luiz Fernando Vampiro.
Com o contrato assinado com as operadoras de telefonia, será possível acessar de forma gratuita as ferramentas do “Google for Education”, incluindo o Google Sala de Aula e as plataformas de atividades, formulários, produção de textos, entre outras. Também será liberado o acesso gratuito ao Professor e Estudante On-line e ao site da SED.
"A educação na rede estadual é feita por todos, temos uma rede engajada de profissionais em todas as regiões e estamos investindo na formação e qualificação do nosso quadro de pessoal tanto no âmbito pedagógico quanto no que diz respeito às diretrizes do Plano de Contingência da Educação (PlanConEdu)", reforça o secretário-adjunto da Secretaria de Estado da Educação, Vitor Balthazar.
Para ter o acesso gratuito às ferramentas educacionais, o aluno ou professor deve fazer o download no celular de um aplicativo que será disponibilizado nos próximos dias para a rede. Ao abrir o aplicativo, o usuário deve preencher os dados de login ao Estudante ou Professor On-line e poderá conectar-se gratuitamente com os links que estarão disponíveis na página.
Nesta quinta-feira também foram apresentados como serão os protocolos adotados pelas escolas da rede estadual para a retomada das atividades em 18 de fevereiro. Houve medição de temperatura de todos na entrada da unidade, disponibilização de álcool em gel em totens e dispensers pela escola, uso obrigatório de máscara e distanciamento social na sala de aula.
O retorno às aulas na rede estadual está previsto em três modelos, que podem coincidir. Para as turmas em que é possível receber todos os alunos e manter o distanciamento entre as carteiras, o retorno será 100% presencial. Na maioria dos casos, as turmas serão divididas em subgrupos que alternam entre atividades presenciais e remotas no regime híbrido. E para alunos e professores do grupo de risco, ou estudantes cujos pais optarem por manter o filho em casa, haverá a continuidade do modelo 100% remoto.
"Estamos garantindo uma retomada presencial segura, baseada em três pilares: estrutura física, de pessoal e equipamentos de proteção individual. Se em alguma escola essas três condições não forem atendidas, naquela unidade o retorno será no modelo remoto. Por isso a ampliação do 0800 644 7890, que funcionará das 7h até 19h, um canal aberto com a comunidade escolar para que possamos ter uma solução rápida para sanar os possíveis problemas", explicou Luiz Fernando Vampiro.
Para garantir a segurança do retorno presencial, a SED investiu mais de R$ 8 milhões em máscaras, termômetros digitais e álcool em gel, além de totens e dispensers, que já foram entregues às escolas. As medidas para o retorno estão estabelecidas no decreto 1003/2020 e na portaria 983/2020, que tem como base o Plano de Contingência para a Educação, documento construído em conjunto por mais de 15 entidades e que detalha os protocolos para a retomada das atividades presenciais.
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