O candidato a vereador pelo PSL de Palhoça Josiel Neri Rogerio aparece em uma lista de 77 candidatos a cargos eletivos no estado que declararam à Justiça Eleitoral patrimônio igual ou superior a R$ 1 milhão e, mesmo assim, constam na lista de beneficiados pelo auxílio emergencial do governo federal.
Segundo cruzamento de dados, o candidato, que também é empresário, foi beneficiado com R$ 1,2 mil do recurso destinado a ajudar, em meio à crise causada pela pandemia, os brasileiros com renda mensal individual de até meio salário mínimo (R$ 522,50) ou renda familiar total de até três salários mínimos (R$ 3.135).
A lista divulgada envolve mais 76 candidatos catarinenses: três são candidatos a prefeito, quatro a vice-prefeito e 69 são candidatos a vereador.
“Fiz para brincar com meu irmão”
Procurado na manhã deste sábado (31) pela equipe do jornal Palhocense, o candidato do PSL a vereador de Palhoça Josiel Neri Rogerio disse que nunca pegou o valor liberado pelo auxílio emergencial. O empresário se disse surpreso, pois, segundo ele, tudo não passou de uma brincadeira: “Eu fiz para brincar com meu irmão que estava precisando, mas não conseguia aprovação do benefício”. O candidato garante que não usou o dinheiro. “Vou ver com meu advogado. Mas isso prova que o sistema tem falhas”, argumenta Josiel.
PSL de Palhoça se manifesta sobre o caso
Em nota enviada ao jornal Palhocense, o Partido Social Liberal (PSL) de Palhoça informou que desconhecia qualquer situação sobre o patrimônio financeiro do candidato Josiel, bem como o pedido indevido do auxílio emergencial.
“Cabe ainda afirmar que o PSL Palhoça preza pela ética, moralidade e não compactua com qualquer tipo de irregularidade ou de desequilíbrio aos cofres públicos. O PSL, por ser uma organização aberta à sociedade, não se responsabiliza por atitudes individuais e isoladas de seus filiados”, finaliza Luiz Francisco Darella Neto, presidente municipal do PSL Palhoça.
TCU determina revisão de benefícios concedidos a candidatos
A lista de candidatos beneficiados veio a público depois que o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou ao Ministério da Cidadania e ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que revisassem todos os pagamentos de benefícios a candidatos que declararam patrimônio acima de R$ 300 mil.
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