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As capivaras que vivem às margens do Lago da Pedra Branca estão no centro de um caso que vem repercutindo nas últimas semanas: a crescente proliferação de carrapatos. Nesta quinta-feira (6), a 4ª Promotoria de Justiça em Palhoça enviou uma solicitação urgente aos órgão municipais, argumentando para que exerçam o poder de polícia administrativa no controle da propagação de zoonoses. O prazo estipulado para a resposta é de cinco dias.
A medida é desdobramento de um caso que vem preocupando autoridades desde 2024. Em dezembro, a 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Palhoça instaurou uma notícia de fato, com objetivo de adotar medidas preventivas quanto à proliferação desordenada dessas capivaras.
Já em 13 de janeiro deste ano, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) fez uma recomendação à Secretaria de Bem-Estar Animal (Dibea), para uma operação — a fim de transferir capivaras do perímetro urbano para um habitat adequado. Porém, segundo o MPSC, as ações efetivas não foram realizadas.
Então, na última sexta-feira (31), a prefeitura de Palhoça decretou situação de emergência, devido à proliferação de carrapatos na região do Lago da Pedra Branca. A prefeitura já contatou o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), sobre o modelo de estudo para viabilizar um manejo responsável das capivaras.
E na quinta-feira (6), a 4ª Promotoria de Justiça da Comarca de Palhoça enviou nova solicitação urgente à prefeitura e ao Dibea, para que exerçam o poder de polícia administrativa no controle da propagação dessas zoonoses.
Em comunicado, o MPSC ressalta que instaurou a referida notícia de fato e expediu recomendação à prefeitura, à Secretaria de Saúde e ao Dibea, tanto para que fizessem a transferência das capivaras do perímetro urbano quanto para que fixassem placas em locais onde é constatada a presença delas, para informar à população que o convívio com esses animais traz riscos à saúde.
Recomendações à população
Em nota publicada na quarta-feira (5), a prefeitura de Palhoça destacou medidas preventivas à população.
“Como forma de prevenção é recomendado à população evitar a região e, também, evitar ao máximo sentar-se diretamente na grama. Além disso, é essencial garantir que os animais de estimação estejam protegidos com medicamentos específicos contra pulgas e carrapatos”, informou o órgão.
