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No tatame de campeões

Judoca de Palhoça Pietra Antun está morando no Rio de Janeiro, onde treina na equipe da fera Flávio Canto

d97a92f9aa7e1bbd027319a88b280077.jpg Foto: DIVULGAÇÃO

A judoca Pietra Antun, que desfilou sua arte durante muitos anos no clube Pura Vida, na Guarda do Embaú, hoje treina entre as maiores feras do judô nacional. Depois de uma temporada na Sogipa, em Porto Alegre (RS), Pietra agora integra a equipe do renomado Instituto Reação, no Rio de Janeiro.

Pietra é filha do sensei Carlinhos Antun e irmã de outra fera do judô palhocense, Pedro Antun, que atualmente mora e dá aulas de artes marciais na Austrália. Foi com eles que deu os primeiros passos no tatame, aos quatro anos de idade. Passou por todas as categorias de base e a rotina de títulos já indicava que teria uma carreira longa e promissora no "caminho suave". No final de 2017, veio a primeira grande mudança. “Decidi que queria sair de casa para buscar voos maiores. Foi quando apareceu a oportunidade de eu ir para o Rio Grande do Sul, treinar na Sogipa”, conta Pietra.

Do início de 2018 até final de maio de 2019, a atleta da Guarda do Embaú permaneceu na equipe gaúcha, grande celeiro do judô nacional, lar de feras da Seleção Brasileira, como Mayra Aguiar (bronze em Londres-2012 e bronze no Rio-2016) e Maria Portela, que também disputou as Olimpíadas de Londres e do Rio. “Foi um período no qual aprendi muito”, reflete a atleta. “Na Mayra, eu me inspiro muito, até pelo fato de eu ser da mesma categoria de peso dela, por já ter treinado com ela e ver tamanha humildade. E também outra em quem me inspiro muito é a Maria Portela, ela é atleta dos 70kg. Me inspiro muito nela pois, no tempo em que convivi no mesmo clube que ela, pude perceber o quanto ela treina. Ela treina muito! Ela me mostra que muitas vezes o esforço supera o talento, fora o fato de ser uma pessoa muito humilde e que já me ajudou muito. São as duas em que eu mais me inspiro”, declara a judoca.

A evolução no esporte seguiu abrindo portas e revelando novas oportunidades. Em junho deste ano, Pietra se mudou para o Rio de Janeiro e passou a integrar a equipe de alto rendimento do Instituto Reação, criado pelo medalhista olímpico Flávio Canto, seu técnico Geraldo Bernardes e amigos, em 2003.
O Instituto Reação é uma organização não governamental que promove a inclusão social por meio do esporte e da educação, fomentando o judô, desde a iniciação esportiva até o alto rendimento. Mais de 1,6 mil crianças participam do projeto, que tem oito núcleos. Pietra treina no núcleo de alto rendimento, no Parque Olímpico, onde treinam, também, atletas de Seleção Brasileira, como a campeã olímpica Rafaela Silva e o judoca Vitor Penalber, bronze no Pan-Americano do Canadá, em 2015. Sem falar no próprio Flávio Canto (bronze em Atenas), que também aparece, de vez em quando, para treinar e dar aulas. “E tem o sensei Geraldo Bernandes, que é um sensei olímpico, uma lenda do judô brasileiro, e que nos dá treino todos os dias”, comemora.

Pietra diz que já está bem adaptada à vida longe de Palhoça. “Graças a Deus tenho uma facilidade enorme pra me adaptar. Quando eu saí de casa pela primeira vez pra ir pra POA, no começo foi mais complicado, por morar sozinha e tal. Mas agora, aqui pro Rio, foi tranquilo, eu moro na república do Reação e divido casa com outras três meninas. Já fiz bastante amizade e estou gostando muito dos treinos! Só o calor que ainda estou me acostumando”, diverte-se. E é claro que ela sente saudade da Guarda do Embaú: “Sinto muita saudade! Da Guarda, da tranquilidade desse lugar, e da minha família. Quando eu morava em POA, era mais fácil; agora, aqui no Rio, visito com menos frequência. Mas sempre que consigo, dou um pulo aí! As férias de verão eu sempre passo na Guarda”, destaca.

Aos 17 anos e com o Ensino Médio completo, a judoca ainda tem dúvida sobre qual profissão seguir. Por enquanto, antes de bater o martelo com relação ao curso que pretende frequentar na faculdade, consegue dedicar 100% do seu tempo ao judô. E precisa, mesmo, de muita dedicação para cumprir a rotina diária de treinos. Pietra faz três treinos (físico, técnico e handori, que é a luta propriamente dita) nas segundas, quartas e sextas-feiras; e nas terças e quintas, são dois treinos, um técnico e outro de luta. Quando tem um tempinho, aproveita para conhecer a Cidade Maravilhosa. “Durante a semana é quase impossível, por causa dos treinos. Mas final de semana estou tirando pra conhecer as praias, fazer trilhas. Aqui é bonito demais”, exclama.

A dedicação nos tatames é fundamental para alcançar os objetivos traçados. Atualmente, Pietra Antun é a 6ª colocada no ranking nacional sub-21 na categoria meio-pesado (-78kg) - é uma façanha incrível, um ranqueamento tão alto, “quatro gerações à frente”, em um esporte que é tão competitivo no Brasil, como o judô. No final do ano passado, ela ficou em quinto lugar na Seletiva Nacional de base e se classificou para o Meeting de Base, competição que seleciona quatro atletas para integrar a Seleção Brasileira. Pietra não chegou a disputar a competição, por causa de uma lesão no ombro direito. “Já estou melhor e faço acompanhamento com os fisioterapeutas aqui do Instituto Reação, que têm me ajudado muito”, garante a judoca.

Pietra já está se preparando para a Seletiva sub-21 deste ano. “Estou treinando muito, pra poder ser campeã e integrar a Seleção, e viajar para o circuito europeu. E em julho vou competir nos Joguinhos Abertos de Santa Catarina, representando a cidade de Tubarão”, projeta a judoca. Seja qual for a competição, em nível regional, nacional ou internacional, o fato é que Pietra sempre levará um pouquinho de Palhoça para os tatames.



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