Prefeitos querem transporte público integrado na Grande Florianópolis
Prefeitos, vice-prefeitos e presidentes de Câmaras Municipais participaram na sexta-feira (30), em Tijucas, da Assembleia Geral Ordinária da Associação dos Municípios da Região da Grande Florianópolis (Granfpolis).
Os trabalhos foram coordenados pelo primeiro vice-presidente da Granfpolis, Camilo Martins, prefeito de Palhoça. Camilo defende que os debates sobre o assunto sejam aprofundados. “É preciso programar as ações a serem tomadas nos próximos tempos, para não chegarmos a abril do próximo ano ainda no debate”, salienta.
O crescimento populacional da região é uma realidade. Camilo cita Palhoça como exemplo, com um crescimento populacional entre 5 mil a 8 mil habitantes por ano. O chefe do Executivo palhocense defende, ainda, um posicionamento forte dos prefeitos, por meio da associação, em relação à paralisação das obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis. “Uma obra privada que desrespeita a nossa população”, declara.
No encontro de sexta-feira (30), os prefeitos criticaram a atitude do governo do estado de retirar o Projeto de Lei Complementar 23.3/2018 da pauta de votações da Assembleia Legislativa. Representantes do Conselho Metropolitano de Desenvolvimento da Grande Florianópolis (Comdes) participaram da reunião e leram uma “Carta aos Prefeitos”, em que a entidade manifesta solidariedade aos municípios.
No texto, o Comdes destaca que havia o comprometimento com a integração do sistema de transporte coletivo da região metropolitana da Grande Florianópolis, aprovada pelos prefeitos e seus técnicos. O engenheiro e consultor em Gestão Pública da Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí, João Luiz Demantova, palestrou sobre a integração do transporte público e apresentou o modelo que a associação utilizou para criar seu Projeto de Lei, prevendo a melhoria da mobilidade urbana. João afirmou que, para garantir que o sistema de transporte coletivo intermunicipal na região de Itajaí fosse eficaz, foi idealizado um consórcio. “A ideia é que esse consórcio possibilite a concessão do sistema para uma única empresa, só que para isso dependem da aprovação dos municípios e de delegação do governo do estado”, ressalta.
Para ele, “o consórcio é o caminho para implantar essas ações de desenvolvimento regional e é uma ferramenta poderosa, simples e rápida de ser implantada”.
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