Por: Sofia Mayer*
Servidores da Prefeitura anunciaram estado de greve, na quinta-feira (10), após assembleia virtual com o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palhoça (Sitrampa). O motivo seria o não cumprimento das pautas da data-base 2020 e das recomposições salariais acordadas com o município no início do ano.
A decisão foi tomada em assembleia virtual realizada na quarta-feira (9). Entre as exigências do sindicato, está a execução do reajuste de 12,84% para servidores ACTs da educação, e um acordo de reposição de 4,48%, mais um reajuste que garantiria ganho real de salário acima da inflação, para os demais servidores do município.
As negociações com a Prefeitura haviam sido suspensas em março, em razão da pandemia. O Sitrampa alega, no entanto, que as atividades dos servidores municipais não sofreram interrupções, e que foram apenas realizadas de forma adaptada quando necessário. Um ofício já havia sido encaminhado ao prefeito, Camilo Martins (PSD), em 9 de novembro, solicitando o cumprimento dos acordos.
Em vídeo, publicado nas páginas oficiais do Sitrampa, o diretor financeiro do sindicato, Artur José Cândido, chamou a atenção ainda para a situação dos servidores de “menores salários”, como merendeiras e vigias. A instituição pede um aumento no abono de R$ 100 no vale-alimentação. “Hoje, a gente vê que muitas famílias passam necessidade porque não têm um salário digno, e não vão ter, por enquanto. Mas a gente vai continuar nossa luta. Mas prometo a vocês que, daqui para frente, a gente não vai só ficar acreditando em promessas. A gente vai para o enfrentamento, e vamos tentar mudar essa situação de todos”, manifestou Cândido.
Os servidores também contestam o aumento de impostos municipais em 4,77%, autorizado em decreto municipal. O documento foi publicado no Diário Oficial no dia 17 de novembro.
* Sob a supervisão de Alexandre Bonfim
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