A Câmara de Vereadores de Palhoça convoca a comunidade a participar da audiência pública que vai tratar da implantação da rede integrada do transporte coletivo da Grande Florianópolis, marcada para o dia 25, às 19h.
O assunto foi debatido novamente em plenário na noite de segunda-feira (12). Além da aprovação do parecer da Comissão de Constituição e Justiça, foi apresentada uma emenda ao projeto que pretende resguardar o verdadeiro objetivo da iniciativa: integrar Palhoça aos outros municípios.
A emenda aditiva número 0001/2019 ao Projeto de Lei 0519/2019 garante que Palhoça só faça o convênio a partir do momento em que os outros municípios também se integrem ao sistema. Florianópolis, apesar de ter aprovado a lei que celebra o convênio com o estado em setembro deste ano, não entraria automaticamente na parceria.
Isso porque a capital possui um contrato (462/SMMU/2014) de concessão com o Consórcio Fênix, assinado em 2014 e com validade de 20 anos. Na prática, isso significa que, apesar da assinatura dos vereadores de Florianópolis, a cidade só passaria a integrar o transporte efetivamente no ano de 2034, ao término do contrato.
Na discussão ocorrida durante a sessão, o vereador Nirdo Artur Luz (Pitanta, DEM) deu destaque à situação: “Faltam 15 anos para Florianópolis entrar no sistema integrado da Grande Florianópolis, aí o que adiantou aprovar se Florianópolis não está no sistema integrado? O nosso povo vai sofrer mais ainda”.
Os vereadores citaram o exemplo de um palhocense que vá até o Centro da Capital, mas precise, por exemplo, deslocar-se até o Beiramar Shopping. Por não estar integrada ao sistema, uma nova passagem precisaria ser paga. Jean Henrique Dias Carneiro (Jean Negão, Progressistas) questiona qual será o real benefício, visto que mais de 80% do fluxo de passageiros de Palhoça desloca-se em direção a Florianópolis. “Os palhocenses estão acreditando que o sistema integrado de transportes irá também contemplar a cidade de Florianópolis e isso não é verdade”, enfatizou Jean.
A situação da empresa Jotur foi destaque na fala do vereador Luciano Pereira (PSB). Ele criticou o município por não realizar uma nova licitação e “permitir que a empresa opere sem contrato”. No entanto, demonstrou preocupação com os funcionários - palhocenses, em grande maioria. “A partir do momento em que esta Câmara assinar este ‘cheque em branco’ para a Suderf, provavelmente eles vão dar celeridade para esse processo de concessão, o integrado vai começar a funcionar, e agora? Onde ficam essas famílias? Esses profissionais desempregados?”, questionou Luciano.
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