Editorial 672

Que aperto...

Desde o momento em que publicamos, na terça-feira (15), o vídeo gravado por uma leitora de dentro de um ônibus da Jotur da linha Pinheira–Florianópolis, temos recebido uma avalanche de mensagens de indignação com a qualidade dos serviços prestados pela Jotur.

A empresa já virou motivo de chacota em toda a região da Grande Florianópolis, pelo alto índice de veículos quebrados. Porém, a situação não desperta nenhuma risada de quem precisa se espremer e passar por momentos de constrangimento dentro de ônibus lotados, atrasados e com manutenção duvidosa.

O cidadão não quer mais calar. Conhece seus direitos e sente no bolso que a tarifa não é barata. O que está acontecendo, então? Nosso papel é questionar autoridades e empresários da área para cobrar mais respeito ao cidadão, que precisa se deslocar pela região de forma digna.

Difícil falar em melhoria na mobilidade urbana sem falar em transporte público. Mas, parece não haver motivos que atraiam as pessoas a trocar o conforto e a segurança de um carro pela sensação de estar em uma lata de sardinhas... Caros senhores governantes e empresários do setor, topariam a troca?