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Beltrano - Edição 784

Os mortos que ainda vivem

 

Alguns políticos de Palhoça
Deixaram saudades ao irem embora
Na política mais recente
Dominaram nossa história.

O prefeito Ari Wagner
Homem bom e muito nobre
Entrou rico na política
E de lá saiu pobre.

Atendia todo mundo
Não fazia distinção
E tratava seus eleitores
Com muita consideração.

Morreu em 1992
Partiu de cabeça erguida
Sua fama de político honesto
Jamais será esquecida.

Também lembro com carinho
De um político de primeira
Que respirava política
Chamava-se João Silveira

Lembro-me do seu João
No jardim da praça, sentado
O cheiro do povão 
Não o deixava enjoado.

Ao deixar a Prefeitura
É que teve seu apogeu
Nossa águia da política
Muito prefeito elegeu.

Na época, o povo dizia:
“Ganha pra onde o João pender”
Foi o que fez em 1972
Para o Odílio eleger.

Naquele sábado triste de 96
Acompanhei seu funeral
Enquanto os politiqueiros 
Curtiam porre eleitoral.

Se Palhoça foi chamada
“De terra dos maruins!”
Também já foi conhecida
Por terra do Nelson Martins.

Foi prefeito do município
E mandatário principal
Com ele, ganhamos o título:
“Palhoça Rainha do Litoral”

Morreu em 1995
Foi bonito seu legado
Pena que os atuais políticos
Não se espelhem no passado.

Outro homem público de Palhoça
Que sua história eu contemplo
Tinha um coração de manteiga
E fez da vida um exemplo.

Seu nome: Reinaldo Weingartner
Que de Bá era chamado
Foi prefeito de Palhoça
E pelo povo admirado.

Não era um homem letrado
Mas encontrou a solução
Quando lhe faltava cabeça
Usava sempre o coração.

A prova destes reversos
Não valeu assinatura
Seus amigos desapareceram
Quando deixou a Prefeitura.

Doente e desprezado
Só com a família contava
Poucos lhe eram gratos
Ninguém dele se lembrava.

Se um amigo lhe restou
Parece ter sido verdadeiro
Foi seu vizinho de prosa
O Alemão Borracheiro.

Deixou Palhoça em 2004
Como o sol no entardecer
Se no céu não havia partido
Certamente fundou lá o MDB.

Outro político marcante
E orador de primeira
Foi prefeito de Palhoça
O doutor Ivo Silveira.

Dr. Ivo fez história
A política foi sua sina
Depois de administrar Palhoça
Governou Santa Catarina.

Quando foi governador
Com Palhoça foi impertinente
Preferiu dar muito emprego
Do que trazer obra pra gente.

Com a idade avançada
E experiência na bagagem
Passou seus últimos anos
Recebendo homenagens.

Nos deixou no ano de 2007
Causando comoção municipal
O filho de Palhoça regressava
Para a sua terra natal.

A saudade ainda dói no peito
De um político profissional
Faleceu também em 2007
O Paulo Roberto Vidal.

Prefeito por duas vezes
Fez da política um caminho
Que trilhou com maestria
Chamando-nos de “quiridinho”.

Em Palhoça fez história
Conquistou eleitorado
Além de ter sido eleito
Vereador e deputado.

No último dia 26 de março fez três anos
Que a Deus pediu abrigo
Se os políticos esqueceram a data
Não esqueceu quem foi teu amigo. 

Um a um no céu foram chegando
Na administração colocando o dedo
No céu, os cinco palhocenses
Já mandam mais do que São Pedro.

A bondade de Deus é infinita
Então, o céu todo se agitou
Pois político não tem pecado
Os pecados são do eleitor.

Esses mortos ainda vivem
Enaltecemos suas vitórias
Pois continuam em Palhoça
Incrustados em nossa história.

(Pasquim do livro “Na Beira Sem Eira”, autoria de J. J. Silva, lançado em Palhoça em abril de 2010)



Publicado em 25/03/2021 - por Beltrano

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