Editorial - Edição 662

Esperança na ponta dos dedos

Estamos a algumas horas do segundo turno. No domingo (28), na solidão da urna eletrônica você, cidadão, terá o raro momento de ditar os caminhos que nosso estado e país deverão tomar nos próximos quatro anos. O seu voto foi disputado durante os últimos meses a preço de ódio e sangue. As propostas, infelizmente, na maior parte do tempo ficaram silenciadas. Foi a campanha das ideologias e da disseminação do medo. 

Na testa e no perfil social de cada um de nós, os candidatos tentaram colar o carimbo com suas logomarcas. Independentemente do resultado das urnas, o Brasil sai dessas eleições cansado, dividido e com tensões viscerais entre os poderes, incluindo o quarto. 

Caberá ao próximo presidente arrefecer os ânimos, buscar conciliação, diálogo e fusão. Até porque, a política democrática não é a arte de fazer trincheiras, mas sim de debater pontos de vista e construir caminhos de conciliação.
Nossos votos são para que no domingo você deixe o ódio e o medo em casa e leve nada além do que esperança na ponta dos dedos.