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Polícia Civil detém quadrilha de estelionatários

Caso iniciou com a investigação de um suposto sequestro

027e1f496c666ce5c6148fed99941612.jpg Foto: DIVULGAÇÃO/PM

Texto: Isonyane Iris

O caso começou com um possível sequestro, quando o marido da vítima procurou a delegacia da Polícia Civil de Palhoça, mas a história ganhou um novo rumo e novos personagens com o decorrer das investigações, que resultaram na prisão em flagrante de uma quadrilha de estelionatários.

Tudo começou na terça-feira (11), quando o marido da vítima procurou a delegacia, alegando que sua esposa e o filho tinham sido sequestrados. Ao ser questionado sobre os motivos que o levavam a pensar isso, o homem teria informado que eles teriam sumido de casa e uma transferência de R$ 116 mil teria sido feita da conta do casal. Além disso, o marido teria percebido que vários computadores, documentos e outras coisas teriam sumido de seu escritório.  

A polícia verificou algumas informações e conseguiu conversar com a possível vítima por telefone, e logo descartou a possibilidade de um sequestro. “Ela não queria contato com a polícia, falou bem brevemente e também não quis vir à delegacia ou nos passar sua localização. Disse que estava bem, sua voz parecia tranquila e como não tinha um pedido de resgate, parecia não se tratar de um sequestro”, conta o delegado Diego Parma, responsável pela investigação.

No mesmo dia, a polícia fez algumas diligências: os agentes estiveram nos bancos e confirmaram transferências; uma delas, inclusive, com o valor descrito pelo marido e com o destino identificado. Novamente, o marido retornou à delegacia, desta vez acompanhado da mãe da vítima, falando novamente em um sequestro. “Nós informamos que sequestro não era e que podia ser um caso de estelionato. Então, eles me apresentaram duas procurações que a vítima teria feito para outra mulher, que não era a mesma que tinha recebido o dinheiro da transferência”, descreve o delegado.

Diante da situação, a polícia já estava acreditando que se tratava de um estelionato, quando novamente o delegado ligou para a vítima. “Nas investigações preliminares, nós já tínhamos identificado um advogado, uma mulher e outro homem, os três com vários boletins de ocorrência juntos, por estelionato. Foi quando tivemos a certeza de que se tratava de um estelionato e passamos a tratar como tal”, conta Diego Parma.

Em uma nova ligação à vítima, o delegado foi atendido por um dos envolvidos já identificados. Foi quando a polícia explicou que se eles não apresentassem a vítima na delegacia, o caso seria tratado como sequestro. Imediatamente, um dos suspeitos - o que tinha atendido a ligação - aceitou comparecer com a vítima à delegacia.

Em conversa privada com a vítima na delegacia, a polícia conseguiu apresentar toda a situação e explicar que se tratava de um estelionato executado por uma quadrilha. Inclusive, o modus operandi era o mesmo utilizado anteriormente pelos mesmos indivíduos em outros casos. “No mesmo momento, eu dei voz de prisão para o sujeito que estava na delegacia e fomos atrás dos outros indivíduos. Na mesma tarde, conseguimos prender o advogado envolvido, uma mulher, que seria sua esposa, e ainda uma quarta pessoa, que seria outra mulher”, relembra o delegado.

A polícia conseguiu descobrir que eles se aproximavam das vítimas, descobriam suas rotinas e informações pessoais para começar a agir. Nesse caso, um dos homens, sabendo que a vítima estava em uma fase complicada no casamento, se aproximou dela como um novo amor; passados alguns dias, apresentou um advogado, para que ela pedisse o divórcio; uma das mulheres aparecia oferecendo terapias holísticas e espirituais; prometiam ajuda de todo o tipo, e com muita persuasão, conseguiam convencer a vítima. A quadrilha também usava alguns medicamentos para dopar as vítimas e as tornar mais suscetíveis a fazer o que eles quisessem.

A partir da prisão da quadrilha, casos com o mesmo modus operandi já chegaram ao conhecimento do delegado, um em São José e outro em Paulo Lopes. Diego Parma acredita que, com a divulgação desse caso, novas vítimas da quadrilha possam aparecer.

 

PRISÃO

Na tarde de quinta-feira (13), policiais civis da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Palhoça, unidade coordenada pela delegada de Polícia Civil Raquel de Souza Freire, prenderam um rapaz de 20 anos nas dependências da própria unidade policial.

Em julho, policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) detiveram o suspeito no Caminho Novo na posse de porções de maconha, comprimidos de ecstasy, balanças de precisão, rádio comunicador e certo montante em dinheiro. Na oportunidade, ele foi encaminhado à delegacia de Palhoça, onde foi autuado em flagrante pelo crime de tráfico de drogas.

No processo criminal, foi condenado em primeira instância à pena privativa de liberdade de três anos e quatro meses de reclusão em regime inicial semiaberto. Após a prisão, o rapaz foi encaminhado à Colônia Penal Agrícola de Palhoça.

 

DROGAS E ARMAS                                

Na madrugada de sábado (15), policiais do 16º Batalhão de Polícia Militar (BPM), sediado em Palhoça, prenderam um homem de 23 anos por tráfico de drogas e posse de arma e munições, no Pontal.

Os policiais foram até o bairro cumprir um mandado de prisão por porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. Chegando ao local, encontraram o suspeito, que tentou fugir, mas não conseguiu. Na residência, foram localizados  dois torrões de maconha e um bloco com várias anotações do tráfico; dentro de um veículo, havia 512 gramas de maconha, uma balança de precisão e um revólver calibre 38, municiado com cinco munições.

Atuaram na operação a guarnição do Pelotão de Patrulhamento Tático, a Agência de Inteligência e a 2ª Cia.



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