Editorial - Edição 1.008

Pedaços vivos da nossa história

A memória é feita de fragmentos: gestos, olhares, movimentos sutis que permanecem conosco e, muitas vezes, dizem mais do que longos discursos. Guardamos imagens estáticas, mas o que realmente se fixa em nossa lembrança costuma ter movimento. Qual seria o elo entre as nossas lembranças e a construção emocional e coletiva da nossa história?

O jornal Palhocense, atento a esse valor da memória, apresenta nesta semana o projeto Memória Palhocense em Movimento. Com o apoio das novas ferramentas de inteligência artificial, o arquivo fotográfico do jornal ganha uma nova dimensão. A tecnologia, que antes parecia distante ou até improvável, hoje permite transformar registros estáticos em vídeos, criando novas formas de contar histórias e reviver momentos que marcaram nossa cidade.

Deixamos de lado qualquer saudosismo com os antigos rolos de filme e abraçamos, com entusiasmo, o futuro que, mesmo assustador, já é real. A partir de agora, será possível enxergar movimento onde antes só havia a imaginação. São milhares de fotografias que, aos poucos, vão se transformar em filmes, em poesia visual, em pedaços vivos da nossa história. O Memória Palhocense em Movimento é, antes de tudo, um presente para a cidade: a chance de ver (e rever) nossa Palhoça antiga, que até agora se escondia apenas na memória de alguns e nos baús de outros. Lançamos luz ao passado e assistiremos estupefatos à magia do movimento acontecer.