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Beltrano - Edição 657

A vida pobreira de um eleitor sem rosto
 
Sou pasquinzeiro afamado
Atentem aos versos que fiz
Pra falar bem da política
Confesso sou aprendiz
Quando não vejo sentido
Vou dando uma de metido
Em tudo ponho o nariz.
 
Pros sicranos sou Beltrano
E dizem que sou valente
Só não gosto de covardia
Sou um cara consciente
E através da poesia
Toda hora, a cada dia
Dou com a língua nos dentes.
 
Querem me deixar contente?
Ajudem esta terra bendita
Lutem pela liberdade
E aceitem a nossa crítica
Quem sabe a verdade apronta
Não desejem além da conta
Entrar na Boca Maldita.
 
O Brasil é minha pátria 
Em Palhoça me criei
Berço de minhas andanças
Aqui quem tem um olho é rei 
E digo uma coisa pra ti 
Tudo que eu vi aqui 
Muitas não acreditei. 
 
A educação é importante 
Palhoça quer poesia 
O político quer o eleitor 
Que faz a sua alegria 
Uma cidade sem cultura  
E político sem compostura
É como um cego sem guia.
 
Mas deixamos isso de lado,
Falamos da vida pobreira
Do pequeno trabalhador
Do seu mundo de canseira
Que ainda faz sorriso
Imaginando o paraíso
Vivendo desta maneira.
 
Sua festa é um boteco;
Seu lazer, uma proseada;
A sua roupa de missa
Costuma ser bem guardada
E geralmente é aquela
Lavada em água de barrela
Que é menos remendada.
 
Seu guarda-roupa é cabide;
Sua poltrona, o batente;
Sua morada, um casebre
Faltando a porta da frente;
Sua alegria, o estudo
Que considera sortudo
Por dar ao filho inocente.
 
À margem da sociedade
Vive no anonimato;
Seu cinturão, uma tira;
Sandália de dedo, sapato;
Seu medicamento é o chá
Que da terra arranca a pá
Das folhas e raiz do mato.
 
O seu tema de conversa
A doença - a perdição,
A escassez do dinheiro,
Inverno, chuva e verão,
E a estória da novela
Que vê à luz de vela
Quando liga a televisão.
 
Na sua casa de um cômodo;
Um bico de luz emprestado;
O fogão que vive sem gás;
Faz sair fumaça no telhado,
Seu cachorro, o companheiro
Que mesmo não tendo dinheiro
Dorme feliz ao seu lado.
 
Sua iluminação de rua é relâmpago;
A lama na estrada é a judiação,
O vento é o ventilador;
Seu lenço, as costas da mão;
Seu carteiro, um motoqueiro
Que todo mês chega ligeiro
Pra cobrar a prestação.
 
Seu terreiro é o mangue,
A vida, na maré atolada;
Seu despertador, são os pássaros
Que contam na madrugada;
Sua dormida, uma pobre cama
Que divide com uma dama
Doente e mal-acabada.
 
Por isso peço aos políticos
Que concorrem nesta eleição,
Visitem as comunidades,
Dos pobres tenham compaixão
Nossa cidade é de cimento
Mas não só de calçamento
Vive a população.
 
Venham ver que falta pão,
Onde deveria ter pão e queijo,
Animais soltos na rua,
Carroças rangendo o eixo,
Sem nada para morder
Esperneia pra não morrer
De fraqueza cai o queixo
 
Queremos políticos zelosos,
Com emoção e prazer,
Que possuam compromisso
E para o povo usem o poder
Para nos ajudar nessa luta
Pregando paz e conduta
Para o pobre melhor viver... 
 
Confesso, ando aporrinhado
Com o cenário de incertezas
Nossos políticos roubando
O povo, remando as tristezas
Que mesmo assim continua sonhando
Pela vida se estrebuchando
Pra botar a comida na mesa.
 
Este eleitor contumaz
Mexe com os brios meus
Faz do problema incentivo
Para os compromissos seus,
Porque maior do que tudo
É ouvir o lamento agudo
Da fé que ainda tem em DEUS.


Publicado em 20/09/2018 - por Beltrano

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