Uma megaoperação da Polícia Federal (PF) e da Receita Federal cumpriu cinco mandados de busca e apreensão (MBA) em Palhoça. A ação ocorreu nesta quarta-feira (3) e, simultaneamente, mobilizou autoridades em diferentes regiões do país. Intitulada “Operação Cassandra”, a ação teve como alvo uma organização criminosa que estaria praticando tráfico internacional de pessoas para fins de exploração sexual, entre outros crimes.
Além das suspeitas de tráfico de pessoas, a organização também é investigada por lavagem de dinheiro, crimes contra o sistema financeiro nacional, rufianismo, e outros crimes tributários.
Segundo o Governo Federal, “a ação é realizada em cooperação internacional com a Europol e a Garda National Protective Services Bureau, da Irlanda, que simultaneamente deflagrou a Operation Rhyolite, voltada a apurar crimes praticados pelo mesmo grupo criminoso naquele país”, destaca em nota.
No Brasil foram cumpridos 30 mandados de busca e apreensão — entre os quais cinco teriam sido cumpridos em Palhoça. No município, o foco da operação ocorreu em um bar localizado na Rua Arnoldo Schlemper, Jardim Eldorado.
O estabelecimento se pronunciou nas redes sociais, afirmando que a operação não teria relação direta com a empresa. As investigações estariam apontando que o negócio seria uma das empresas de fachada utilizadas pela organização criminosa investigada.
Ainda em Santa Catarina, foram cumpridos: sete MBAs e um mandado de prisão (MPP) em Florianópolis; sete MBAs e três MPPs em São José; um MPA e um MPP em Camboriú, além de dois MBAs e um MPP em Biguaçu.
Além de Santa Catarina, foram cumpridos mandados em São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais e Mato Grosso. A Justiça Federal também decretou 13 medidas restritivas de direitos.
Para isso, foram mobilizados 120 policiais federais e sete servidores da Receita Federal. As investigações continuam.
O caso
De acordo com a Polícia Federal (PF), as investigações apontam que o grupo criminoso atua desde 2017, sendo especializado no tráfico internacional de mulheres para exploração sexual, exercendo rígido controle sobre as vítimas.
Até o momento, foram identificadas cerca de 70 mulheres exploradas. Para ocultar e usufruir os altos ganhos ilegais, o grupo criminoso estaria empregando diferentes mecanismos de lavagem de dinheiro, fraudes documentais e crimes financeiros.
04/09/2025
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