066e36485bda21d774225753bd38d7ac.jpeg Palhoça Rodeio registra sucesso de público na programação de aniversário da cidade

8f5fab59f3cef9c0d3c206950aac5be1.png Fundação Municipal de Esporte e Cultura lança Edital Cultura Viva

092029f23b0120d0c9f08dc5dce8e8f2.jpeg Nova canção da banda Nós Naldeia é sucesso nas plataformas digitais

e72fc6633b486ac496ce4b12140303a5.jpeg Surfista de apenas sete anos representa Palhoça em competições

5bc0563a65cf3a0e44b6db888bf7a7a8.jpeg Equipe de Palhoça participa do Catarinense de Automobilismo neste fim de semana

c99e04c6c003ef841c89a60fad793a08.jpg Deputado Camilo Martins recebe campeã de muay thai que representará Santa Catarina na Tailândia

fe53249c1e5c8eda6f4e9a9644343a8a.jpeg “Tainá” foi dirigido por Renata Massetti e tem a atleta da Guarda do Embaú como protagonista

2b2108ddd734a84ab88bc1860b06c321.jpg Equipe da Associação Laura dos Santos é destaque em competição nacional de jiu-jitsu

Beltrano - Edição 734

 

A corda sempre arrebenta do lado mais fraco

 

O meu nome é Beltrano
E dizem que sou valente
Não gosto de covardia
Sou um cara consciente
E através da poesia
Toda hora, a cada dia
Dou com a língua nos dentes.

Palhoça é minha pátria
Terra onde me criei
Berço de minhas andanças
Aqui, quem tem um olho é rei
E digo uma coisa pra ti:
Tudo que eu vi aqui
Em muito não acreditei.

Educação, saúde, é importante
Palhoça quer garantia
O político quer o eleitor
Que faz a sua alegria
Mas uma cidade sem cultura 
E político sem compostura
É como um cego sem guia.

Mas deixemos isso de lado,
Falemos da vida obreira
Do pequeno trabalhador
Do seu mundo de canseira
Que ainda faz sorriso
Imaginando o paraíso
Vivendo desta maneira.

Sua festa é um boteco;
Seu lazer, uma proseada;
A sua roupa de missa
Costuma ser bem guardada
E geralmente é aquela
Lavada em água de barrela
E que é menos remendada.

Seu guarda-roupa é cabide;
Sua poltrona, o batente;
Sua morada, um casebre
Faltando a porta da frente;
Sua alegria, o estudo
Que considera sortudo
Por dar ao filho inocente.

À margem da sociedade
Vive no anonimato;
Seu cinturão, uma tira;
Sandália de dedo é sapato;
Seu medicamento é o chá
Que da terra arranca a pá
Das folhas e raiz do mato.

O seu tema de conversa
O coronavírus - a perdição,
A escassez do dinheiro,
Inverno, chuva e verão,
Contrariando a estória da novela
Que vê à luz de vela
Quando liga a televisão.

Na sua casa de um cômodo;
Um bico de luz emprestado;
O fogão que está sem gás;
Faz fumaça no telhado,
Seu cachorro, o companheiro
Que mesmo na falta de dinheiro
Dorme feliz ao seu lado.

Sua iluminação de rua é relâmpago;
A lama na estrada é a judiação,
O vento é o ventilador;
Seu lenço, as costas da mão;
Seu carteiro, um motoqueiro
Que todo fim de mês chega ligeiro
Pra cobrar a prestação.

Seu terreiro é o mangue,
A vida, na maré atolada;
Seu despertador, os pássaros
Que cantam na madrugada;
Seu descanso, uma pobre cama
Que divide com uma dama
Doente e mali-acabada.

Por isso peço aos políticos
Que pretendem vencer esta eleição,
Visitem as comunidades,
Dos pobres tenham compaixão
Nossa cidade é de cimento
Mas não é só de calçamento
Que vive a sua população.

Queremos políticos zelosos,
Com emoção e prazer,
Que possuam compromisso
E usem todo o poder
Pra ajudar nessa luta
Pregando paz e conduta
Para o povo melhor viver...

Este cidadão contumaz
Mexe com os brios meus
Faz do problema incentivo
Para os compromissos seus,
Porque maior do que tudo
É ouvir o lamento agudo
Da fé que tem em DEUS. 



Publicado em 09/04/2020 - por Beltrano

btn_google.png btn_twitter.png btn_facebook.png








Autor deste artigo


Mais vistos

Publicidade

  • ae88195db362a5f2fa3c3494f8eb7923.jpg