
Um ciclone, um dia de provações profundas
A última terça-feira (9) ficará marcada na memória coletiva de Palhoça como um dia de provações profundas. A passagem do ciclone extratropical expôs nossa vulnerabilidade diante da força da natureza, deixando ruas submersas, bairros isolados e um município inteiro em alerta. Em poucas horas, choveu mais do que todo o previsto para o mês de dezembro, exigindo uma mobilização intensa das equipes de resgate, da Defesa Civil e de diversos órgãos públicos. Mas, acima dos danos materiais, algo maior se impôs: a reflexão sobre como precisamos evoluir em cuidados com o meio ambiente para enfrentar fenômenos climáticos cada vez mais severos. Todo investimento em infraestrutura é fundamental. Mas, diante da força da natureza... nada pode.
Dezembro é, por tradição, o mês da família, aquela que se reúne para celebrar o nascimento de Jesus, agradecer pelas conquistas e se fortalecer para os novos projetos que o ano seguinte trará. E foi justamente essa marca tão humana que tornou ainda mais dolorosa a tragédia que interrompeu de forma brutal a vida de uma família que escolheu Palhoça para viver e empreender. Noticiamos o caso atônitos: um casal e sua bebê, de menos de um ano de idade, perderam a vida ao serem arrastados pela enxurrada no bairro São Sebastião. Uma cena que fere a todos e que nenhuma palavra pode, de fato, consolar.
Ao fim desta semana pesada, em que as águas, que tantas vezes lavam, purificam e renovam, trouxeram lágrimas e profundos desafios, fica uma certeza: precisamos aprender com cada cicatriz deixada. Fortalecer nossa resiliência, compreender melhor os limites entre desenvolvimento e natureza, e reafirmar nossos laços de união e solidariedade. Apesar da dor, que este final de ano nos encontre mais atentos, mais presentes e mais comprometidos uns com os outros! Que Palhoça siga em frente com equilíbrio, humanidade e compreensão!
Publicado em 11/12/2025 - por Palhocense