Editorial - Edição 811

Se você tem um automóvel, tem sentido no bolso a bomba que está o preço dos combustíveis. Se você não tem um automóvel, também sente. A nossa dependência econômica dos combustíveis fósseis é, no mínimo, um atestado da incapacidade humana. Não a incapacidade de criar novas fontes de energia, não! Somos incapazes de romper com grandes interesses mundiais. Somos incapazes de mudar hábitos que mexam em nosso pretenso conforto.

Para seguir movimentando as máquinas, o mundo segue em busca de novos poços de petróleo. Gastamos tempo, dinheiro, energia e, principalmente, a natureza, em busca de tais minas. Palhoça, agora, também é convidada para essa discussão. A possível exploração de petróleo em nosso litoral faz refletir sobre os impactos em toda a cadeia pesqueira e ambiental.

Não há aqui uma resposta pronta, um julgo sobre o benefício ou o malefício dessa exploração. Mas, precisamos olhar a balança. O cidadão palhocense precisa ser ouvido, também, nesse caso. São nossos mares, nossa fauna, nossos bolsos, nossas vidas e futuro em jogo. Tudo precisa ser observado e confrontado, de forma técnica e clara, como nossas águas.