Na tarde de terça-feira (16), aconteceu mais uma reunião, na Prefeitura de Palhoça, para definir estratégias para a mobilidade na região, num contexto que envolve a BR-101 e marginais, inclusive no ponto que ela faz conexão com a BR-282, e vias do trânsito urbano. Ao final do encontro, por sugestão do prefeito Camilo Martins (PSD), ficou agendada outra reunião, para 8 de maio, quando o grupo de trabalho se reunirá para deliberar projetos que deverão melhorar a mobilidade nas BRs 101 e na 282.
Também na manhã desta terça, representantes da Prefeitura, da Polícia Rodoviária (PRF) e da Arteris – Autopista Litoral Sul visitaram os pontos mais críticos da BR-101, para definir que melhorias poderão ser implantadas para minimizar os problemas causados pelo caos no trânsito.
Planejamento
A reunião da tarde desta terça-feira foi considerada histórica. Com a formação de um grupo de trabalho para discutir a mobilidade, foi a primeira vez que todas as entidades responsáveis, como Prefeitura, PRF, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e concessionária Arteris se reuniram para planejar obras e melhorias com o objetivo de contribuir para a mobilidade urbana dentro de Palhoça.
“O município vive um momento delicado na questão mobilidade urbana, situação agravada porque um grande número de veículos foge da BR-101, sempre congestionada, criando rotas de fuga dentro da cidade, no Centro e nos bairros. Por isso, na busca de obras urgentes, emergenciais, buscamos atrair a parceria de empresários, que estão investindo no município e que também dependem de melhorias na malha viária”, comentou o prefeito Camilo Martins.
Decreto de emergência
Desde 11 de fevereiro, quando o prefeito decretou “situação de emergência na mobilidade urbana do município” em razão do caos estabelecido no trânsito pelo atraso nas obras do Contorno Viário da Grande Florianópolis, e ingressou a ação civil pública na Justiça Federal contra a Autopista Litoral Sul e ANTT, representantes dos órgãos envolvidos vêm se reunindo, principalmente na Prefeitura de Palhoça, mas também nas sedes da Procuradoria da República e da Justiça Federal, em Florianópolis.
Na ação, a Prefeitura de Palhoça elegeu como prioridades a conclusão das obras do Contorno Viário e a transformação definitiva do acostamento Sul/Norte em pista para veículos leves - ou obras alternativas para amenizar o caos causado pela imobilidade. Desde primeiro de abril, em resposta às cobranças da Prefeitura, a PRF liberou o acostamento da BR-101 em cinco trechos em São José.
Mas ainda é um paliativo, porque a liberação ocorre das 6h às 23h em pequenos trechos, entre os quilômetros 210 e 202. Em reunião na segunda-feira (15), o prefeito Camilo voltou a solicitar a liberação do acostamento em Palhoça. A PRF e a concessionária Arteris estão estudando essa possibilidade. “A liberação do acostamento no trecho de São José, embora com interrupções, foi uma melhoria significativa para o fluxo de veículos”, considerou Camilo Martins.
Em todas as reuniões recentes, o grupo de trabalho trata de obras alternativas. Esse foi o foco principal da inspeção in loco dos pontos mais críticos na mobilidade, na manhã desta terça-feira, mas também foi o assunto predominante da reunião da tarde do grupo de trabalho.
O cronograma de atividades futuras prevê, para o dia 30, na Justiça Federal, em Florianópolis, uma audiência de conciliação, motivada pela ação civil pública impetrada pela Prefeitura. Um dia antes, a concessionária Arteris – Autopista Litoral Sul deverá prestar contas sobre as obras do Contorno Viário ao Ministério Público Federal. E, para o dia 8 de maio, na Prefeitura, está agendada uma reunião de avaliação de projetos protocolados nos órgãos de trânsito.