Na tarde de terça-feira (28), uma força-tarefa composta pela Vigilância Sanitária de Palhoça, Vigilância Epidemiológica, Secretaria de Defesa do Cidadão e Bem-Estar Animal, Secretaria de Segurança Pública, Defesa Civil, Fundação Cambirela de Meio Ambiente (FCam), médicos veterinários e representantes da Associação de Moradores da Pedra Branca foi reunida para discutir as novas medidas a serem adotadas após a emissão do laudo de necropsia que confirmou a presença da bactéria Clostridium botulinum, causadora do botulismo, nos animais que morreram recentemente no lago do bairro.
Como resultado da reunião, foi decidido expandir o perímetro de interdição e a sinalização por tempo indeterminado até a descontaminação do local. Paralelamente, as aves sobreviventes permanecem em quarentena para tratamento e está sendo providenciada a compra de aeradores para aumentar a movimentação, renovação e oxigenação da água nos dois lagos.
Desde o fechamento da área, no dia 11 de maio, o lago segue sendo monitorado e ações para conter a proliferação da bactéria são planejadas para minimizar os riscos de contaminação. O grupo aguarda, ainda, o resultado de laudos que indicam o nível de oxigênio da água e a presença, ou não, de coliformes fecais.
As autoridades alertam para que a população respeite a sinalização e não entre em contato com a água do lago, com o gramado, com os animais e principalmente com as fezes das aves, sob risco de contrair botulismo.
Botulismo
O botulismo é uma doença de natureza tóxica, decorrente da ingestão de toxina botulínica, que em humanos causa envenenamento grave e até a morte. Os sintomas incluem, principalmente, paralisia das pernas, pálpebras, pescoço e musculatura respiratória.
A bactéria que causa a doença pode ser encontrada no solo, na água não tratada ou em alimentos em conserva ou enlatados. Quem sentir algum dos sintomas deve procurar ajuda médica imediatamente.
Indícios apontam que a contaminação do lago tenha sido causada por alimentos contaminados jogados na água e ingeridos por peixes e aves que vivem no local.
Explicações
O advogado Antônio Marcos do Nascimento e moradores da Pedra Branca ajuizaram esta semana uma ação popular contra o município de Palhoça e a AMO, onde requerem medidas preventivas em virtude das notícias de possível contaminação do lago.
Conforme consta no despacho do processo nº 5001632-31.2019, do juiz de Fazenda Pública da Vara de Palhoça, foi determinado que o município apresente o laudo da água e informe quais os planos de ação, para depois apreciar outras medidas que considerar cabíveis, conforme o postulado na ação popular.
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