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Beltrano - Edição 647

O político, o eleitor e o pasquinzeiro

 

Quando Palhoça foi criada
No meio de muita beleza
Pro índio e a bicharada
Foi uma grande surpresa
Era tudo tão pacato
Em Palhoça só tinha mato
Era bela por natureza.

Mas essa vida pacata
Aos poucos foi se acabando
Tomaram conta de tudo
Com muita gente chegando
Uniram-se os chupins e os gabirus
E eu lá do Alto do Aririú
Só fiquei observando.

Então, para melhorar a Palhoça
Foi que criaram a Prefeitura
De uma costela qualquer
Reforçaram as dentaduras
Aí o munícipe com fé
Começou a andar de ré
E viu como a vida é dura.

A porca torceu o rabo
Com uma ideia de jerico
Criaram a Câmara Municipal
Para o povo pagar mico
Para permanecer como estão
Vão aprovando sem perdão
Levando o povo no bico.

Mas acharam que era pouco
Então aumentaram a agonia
Instituíram na Prefa
Um monte de secretarias
Aí é que virou circo
Para empregar político
Instituiu-se a folia.

Depois da folia pronta
A coisa saiu do sério
A Câmara e a Prefeitura
Grandes mudanças fizeram
Para proteger assombrações
Mudaram as instalações
Pra perto do cemitério.

Antigamente, o respeito
Era uma coisa natural
Na zona urbana e rural
Era tudo de outro jeito
Hoje a coisa vai mal
Mas o eleitor considera normal
Levar vantagem e proveito.

É chefe pra todo canto
Ganhando altos salários
Cada um com sua boquinha
Dizendo: “Daqui não saio”
De muitos nem se vê as cores
Tem secretaria com três diretores
Para só dois funcionários.

Só nos resta então rezar
E de uma oração eu me valho
Prefiro muito trabalho
Do que de graça ganhar
E é por isso que enrilho
É só sacudir uma cuia de milho
Para a bicharada juntar.

Na política brasileira
A coisa está ficando preta
Pois até gente bacana
Passou a fazer mutreta
Quem está dentro não sai
Nem rezando um “crendospai”
Eles vão largar a teta.

No horário eleitoral 
Vão falar da educação
Vão mostrar crianças limpinhas
Recebendo alimentação
E professores felizes
Voltando às suas origens
Dando aula com paixão.

Mas os professores sobrevivem
Com salários ordinários
Tem criança passando fome
Nos centros comunitários
E os candidatos a presidente
Arreganhando seus dentes
Vão nos chamar de otários.

Governar e legislar era sublime
Envolvia gente de valor
As palavras deturparam
Hoje não tem quem as rime
Só com uma tropa de choque
Ou armado de bodoque
Debaixo de relho ensine.

Vantagem é a palavra-chave
No Brasil é corriqueiro
Está incrustada na cultura
Do político brasileiro
O eleitor é boi de vara
O político ri da sua cara
E dos dois ri o pasquinzeiro.



Publicado em 12/07/2018 - por Beltrano

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