Por: Willian Schütz
Do futebol amador ao profissional. Dos esportes de praia aos tatames. Com diversos ginásios e gramados, Palhoça tem um cenário esportivo que cresce a cada ano. E nas duas últimas décadas, o jornal Palavra Palhocense tem registrado esse crescimento através de reportagens e colunas, sempre com olhar atento para cada novidade. Em contagem regressiva para a milésima edição do semanário, a equipe de reportagem resgatou histórias envolvendo as colunas esportivas que marcaram as páginas do veículo de 2005 até os dias atuais.
Uma personalidade que escreveu para o Palavra Palhocense foi Amaro Junior, atual superintendente do Sul. Em passagem pelo veículo de imprensa, ele escrevia sobre esportes. Além de ser um entusiasta do esporte local, Amaro tem ampla identificação com o Guarani de Palhoça, onde foi jogador, treinador e dirigente.
Segundo Amaro, o convite para ser colunista do semanário foi motivado pelo grande envolvimento dele com o esporte palhocense — principalmente com o Guarani. Assim surgiu a coluna “Bola da Vez”. “Na coluna, eu fazia a cobertura do futebol amador, com tabela dos jogos do final de semana e os resultados da semana anterior. Também fazia a cobertura do esporte de uma forma geral. Eu também tinha um projeto de escolinha e formação de atletas com o nome ‘Bola da Vez’, e acabei utilizando como nome da coluna”, recorda Amaro.
Ele ainda acrescenta que esse período resultou em muitos aprendizados. “Esse trabalho como colunista me trouxe uma importante experiência e me motivou a escrever o livro que conta a história do Guarani. Esse livro foi desenvolvido por mim e pelo jornalista Luciano Smanioto. Foi um momento muito especial concretizarmos esse projeto, eternizando a linda e vitoriosa história do clube”, argumenta, aproveitando a oportunidade para agradecer ao Palavra Palhocense e aos fundadores do veículo: Alexandre Bonfim e João José da Silva.
A coluna “Bola da Vez” também chegou a ser assinada, durante certo tempo, pelo ex-presidente da Fundação Municipal de Esporte e Cultura e atual presidente da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte), Jeferson Ramos Batista.
Especialista em artes marciais, o atleta, treinador e empresário Marcos Túlio foi outro dos colunistas que marcaram o jornal. Nos anos 2000, ele conquistou diversos títulos no jiu-jitsu e no MMA. Atualmente, o lutador e mestre em artes marciais mora nos Emirados Árabes Unidos e vem passando por diversos países. Para o Palavra Palhocense, ele escrevia com foco nas lutas e atletas locais. Era a coluna “Por Dentro do Ringue”.
Personalidade conhecida no futebol amador local, Nagib de Pieri também fez parte dessa história, com uma coluna periódica sobre as novidades dos gramados de Palhoça. Notas sobre competições locais, partidas amistosas e disputas tradicionais — como o campeonato 50tão, por exemplo — eram a marca registrada da coluna, sempre acompanhadas de fotografias. Ainda hoje, Nagib continua um apaixonado pelo futebol amador palhocense.
E quem lia o Palavra Palhocense nos anos 2010 também pode se lembrar da coluna “Sem perder o ritmo”, assinada pelo narrador esportivo Sérgio Murilo – que ainda segue ativo em transmissões de todo estado. Os textos traziam comentários não apenas sobre o esporte local, mas também abordando assuntos de maior abrangência.
Em 2023, o jornal também contou com a coluna digital “Bate Papo Esportivo”, idealizada por Cleiton Rafael Abreu e Sandro Machado. A coluna era um desdobramento do podcast que era transmitido na Rádio Ph, realizado em parceria com o Batebola SC. Focado nas equipes locais, o espaço trazia notícias, comentários e histórias relacionadas aos esportes. Tudo isso mesclando o teor informativo com o clima despojado.
Também vale lembrar de um colunista que segue nas páginas do Palavra Palhocense desde 2005 até os dias de hoje: Clésio Moreira dos Santos, popularmente conhecido como “Margarida Árbitro Show”. Ele é um dos árbitros mais conhecidos do futebol catarinense, pois já apitou jogos importantes no passado, e, após se aposentar, começou a trabalhar com um estilo diferente de arbitragem: unindo humor e um espetáculo dentro de campo, principalmente em amistosos e partidas especiais.
Por gostar de escrever, Clésio conquistou espaço em jornais catarinenses. E há 20 anos, ele entrou para o Palavra Palhocense. Ao discorrer sobre aquela época, o árbitro e colunista lembra que o formato da coluna “Cartão Rosa”, marcante no Palavra Palhocense, surgiu de maneira espontânea. “A ideia de criar o 'Cartão Rosa' e o 'Cartão Vermelho' surgiu naturalmente. O Cartão Rosa serve como símbolo para reconhecer pessoas ou empresas que prestam bons serviços para a comunidade. Já o Cartão Vermelho é uma crítica a algo negativo, seja um político, um jogador, uma empresa ou qualquer situação que prejudique a sociedade. Sempre escrevi dessa forma, procurando informar os meus leitores”, argumenta.
Outros colunistas esportivos tiveram papel importante na história do Palhocense, como o mestre em artes marciais Marcos Maciel de Oliveira (Bicudo), o treinador de futebol Rui Guimarães e o atleta do futebol amador Mozart Braga, e o nome de todos eles continua reverberando nas páginas da memória dos leitores do jornal nestas quase 1.000 edições publicadas.