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Beltrano - Edição 1.004

 

Quem não deve não treme

 

O problema do palhocense é que ele nunca para pra pensar – pensa caminhando mesmo! Por exemplo: você já parou pra pensar por que “tudo junto” se escreve separado e “separado” se escreve tudo junto?! Para e analisa bem este pensamento: “Não deixe que nada te desanime, pois até mesmo um pé na bunda te empurra pra frente”. Beltrano aumenta, mas não inventa! Quem inventa é o secretário de Saúde, Rosiney Horácio, na montagem de vídeo para a internet; e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao criar a mania por “tarifaços”! Eu só divulgo! Rá, rá, rá, rá, rá... 

Eu acredito nos políticos. Também acredito em duende, papai Noel, virgindade, bruxa, mula sem cabeça, vampiro, saci Pererê... Daí o Jorge da dona Biloca me perguntou: “Tu sabes a semelhança dos nossos deputados e vereadores com uma mulher grávida”? Eu respondi que não e ele explicou: “É que todos choram de barriga cheia”. Rá, rá, rá, rá, rá...

Tem político que acha que povo fede! Éééééééé... só que não diz! Mas gente do povo como Dona Cotinha, lá da Praia do Sonho, fala o que pensa. Dia desses, um secretário municipal foi para a Pinheira e seu carro pifou. Deixou o carro na casa de praia de um amigo e veio de ônibus pro Centro de Palhoça. Como o ônibus parava em todos os pontos, pegou um jornal que estava sobre um banco e começou a ler. Ficou impressionado com uma matéria que leu no jornal, falando sobre o índice de mortalidade na guerra entre Israel e o Hamas. Ele virou-se para a passageira do lado, a Dona Cotinha, e disse:

– Senhora, a senhora sabia que cada vez que eu falo uma palavra morre alguém nas guerras?

– Crêndios pai — exclama ela. — O sinhô já experimentô iscovar os dentes antis de falá?

Eu adoro Dona Cotinha, adoro! Pra ela, ministério é um órgão federal incapaz de produzir algo útil para o povo. Dona Cotinha me disse que uma vez precisou do Governo Federal. Ao preencher um formulário pra receber remédio, o atendente perguntou pra ela:

– A senhora é rica, pobre ou dá pra viver?

A velha senhora não se conteve e, mesmo religiosa como é, tascou uma bofetada no bebedor de lavagem do estrupício! Onde já se viu! Isso é coisa que se pergunte a uma senhora de família como Dona Cotinha?! Para se ter uma ideia de como ela é religiosa, quando ela passa por um cacho de banana São Tomé, ela faz o sinal da cruz! Para você ver como são as coisas!

Outra coisa é descobrir que em Palhoça tem muita gente com problemas existenciais. O meu amigo Jorge, funcionário da Prefa, está com esse problema e precisa de ajuda. Ele me disse que, outro dia, foi cozinhar um ovo, mas quando abriu o ovo, tinha um pinto dentro. Apavorou! E me disse: “Imaginem vocês se eu cozinho o ovo com o pinto dentro”. Seria o fim do mundo, se o fim do mundo, pra ele, não fosse todo final de mês!

Por essas e por outras é que, numa noite dessas, uma mulher, que tinha ido assistir a uma sessão na Assembleia Legislativa com sua filha de 10 anos, pegou uma carona com um candidato a deputado. No caminho, a garota observa mulheres na marginal da BR-101, rodando bolsinha. 

– Mamãe! O que aquelas mulheres estão fazendo ali? – perguntou a criança.

– Ah, elas estão esperando os seus maridos saírem do trabalho – diz a mãe, disfarçando.

O candidato começa a rir e fala:

– Diz a verdade pra garota, minha senhora... Aquelas mulheres são prostitutas que estão esperando clientes que lhe paguem para fazer sexo! 

Todos ficam calados por alguns minutos, até que a garota volta a perguntar para a mãe: 

– Aquelas mulheres também têm filhos, mamãe? 

– Claro, filha – responde a mulher, calmamente, antes de completar. – Como você acha que nascem os políticos?

O Antônho do Bidunga me dizia que um dos primeiros políticos do Brasil foi o Prudente de Morais, mas daí pra frente, só tem aparecido políticos imprudentes e imorais! Tanto que estão pensando em mudar o nome de Brasília para Quadrilha!

Não é pra menos que ladrão que rouba ladrão vive no Distrito Federal! Rá, rá, rá, rá, rá...

Ele me disse que estava trabalhando na casa de um político que, dia desses, foi julgado por corrupção. Aguardava nervosamente o veredito do juiz em sua casa, quando, de repente, tocou o telefone e o advogado encarregado da defesa, disse, sem esconder a euforia:

– Doutor, finalmente, a justiça foi feita!

– Então, vamos apelar – emendou o safado.

E a natureza, hein, gente?! Fico deveras emocionado e me pergunto: o que seria deste mundo de meu Deus se não fosse a justiça e os políticos?! Quantas injustiças! Bem que o velho deitado na beira da estrada da Guarda do Cubatão já dizia: “A justiça tarda, mas não falha”. Ou seria ao contrário?!

A nós, eco chatos e ínguas de plantão, resta agradecer à Dona Justiça e aos políticos por terem reparado tão grave erro que acontece na Amazônia e do Pantanal à Pinheira, por exemplo. A Justiça e os governos federal e estadual são os donos da razão, e como disse Eduardo Girão: “A verdade nunca é injusta; pode magoar, mas não deixa feridas”. É, não deixa feridas! Por essa razão, como a própria Justiça, virei cego, mudo e surdo; não vejo, não falo e nem ouço nada sobre o fogo matando a floresta e o desmatamento. A Justiça e nossos governantes me induziram à cegueira e a me calar para sempre! Só lamento que, neste caso, a Justiça tenha agido, com relação à Mãe Natureza, “inaudita altera pars” – expressão latina que significa “sem ouvir a outra parte”. 

Os políticos se agitam, na maior fissuração, e começa a caçada às bruxas, em mais uma eleição. Vai começar o compra-compra, vota-vota e o paga-paga. Só quem tem estômago de avestruz vai suportar tanta praga! Em Palhoça, os candidatos me parecem cabras-cegas, e o cabo eleitoral, o seu facho não sossega; vão negociando nosso voto, nos chamando de colega!

Alguns políticos de Palhoça até parece que são bruxos, não se cansam de apanhar; vão ajudar a fazer a cama para outros deputados se deitarem! Vou aqui me despedindo, sentindo uma dor profunda. Para nos salvar desta desgraça, só com a ajuda da Nossa Senhora Piriquita da Cova Funda!



Publicado em 31/07/2025 - por Beltrano

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