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Beltrano - Edição 969

 

Ditados e histórias populares que Palhoça conta

 

Ditados populares, nem tão populares assim:

Quem com ferro fere... não sabe como dói.
Sol e chuva... vou sair de guarda-chuva.
Em casa de ferreiro... só tem ferro.
Devo, não pago... nego enquanto puder.
Quem tem boca... vai ao dentista.
Gato escaldado... morre.
Quem espera... sempre cansa.
Quando um não quer... o outro insiste.
Os últimos... serão desclassificados.
Há males... que vêm para pior.
Se Maomé não vai à montanha... então vai à praia.
A esperança e a sogra... as últimas que morrem.
Quem dá aos pobres... paga a conta do motel.
Depois da tempestade... vem a gripe.
Devagar... nunca se chega.
Antes tarde... do que mais tarde.
Boca fechada... não fala.
Águas passadas... já passaram.
Em terra de cego... quem tem um olho é caolho.
Quem cedo madruga... fica com sono o dia inteiro.

Seu Leotério, o prevenido
Seu Leotério, pescador antigo da Barra do Aririú, faleceu de câncer em 2005. Descobriu a doença na primeira vez em que foi a um médico, pois andava sentindo-se mal das pernas há um tempão.
O médico, depois de um exame detalhado, olhou seu Leotério nos olhos e disse: 
– Tenho más notícias. O senhor está com câncer e não tem cura. Eu lhe dou de duas a quatro semanas de vida. 
Seu Leotério, chocado e triste, mas de caráter forte, recuperou-se rapidamente e saiu do consultório do médico. Na sala de espera, encontrou seu filho, Manuelzinho, que lhe aguardava. 
– Filho – diz seu Leotério. – Nós, da Barra, fazemos piada e comemoramos quando as coisas estão boas, mas também quando não estão. Estou com câncer e tenho pouco tempo de vida. Vamos ao bar tomar uns martelinhos. 
Depois de alguns copos, já alegres, eles davam risadas. E dá-lhe martelinho misturado com bitter. Uns amigos chegam ao bar e perguntam o motivo daquela alegria toda. Seu Leotério repete a história da comemoração, dizendo que está com Aids. Os amigos ficaram consternados, e em solidariedade, acabaram tomando uns martelinhos com ele, mas com cuidado para não misturar os copos. 
Num momento em que estava perto do doente, o filho fala ao ouvido dele: 
– Painho! Você disse pra mim que tava com câncer, mas para eles o pai disse que está com Aids. 
Seu Leotério olhou discretamente em volta antes de responder baixinho: 
– Eu tô com câncer memo, fio. Eu só não quero é esse pessoal comendo a tua mãe depois que eu bater as botas!

A mula morta
O Juca do seu Lindolfo era morador antigo da Guarda do Cubatão. Numa ocasião, encontrava-se com sérios problemas financeiros. Para sair da pindaíba, vendeu o único bem que lhe restava, uma mula, para o Valdemar, um agricultor muito vivo e afamado por fazer bons negócios, por 100 cruzeiros, concordando que receberia no outro dia a dita mula. 
Entretanto, no dia seguinte, o Juca chegou para o Valdemar e disse: 
– Cumpadi da minharma, cê me discurpa mais a mula bateu com a cola na cerca. 
– Morreu? 
– Morreu. 
– Intão me devorve o dinheiro. 
– Ih... já gastei. 
– Tudo? 
– Tudinho. 
– Intão me tragi a mula. 
– Morta? 
– É, uai. Vou rifá. 
– Rifá?! 
– É, uai! 
– A mula morta?! Quem vai querê?! 
– É só num falá qui a bichinha morreu. 
Um mês depois, os dois se encontram na venda e o Juca pergunta para o Valdemar: 
– Ô Cumpadi, e a mula morta? 
– Rifei. Vendi 500 biete a dogi Cruzero cada. Faturei 998 Cruzero. 
– Eita! I ninguém recramô? 
– Só o homi qui ganhô. 
– E o que o cê feiz? 
– Devorvi os 2 Cruzero prele, ora bolas.
As cabeças dos bichos do Zé Manjuva
Esta aconteceu nos anos 1990, na Passagem do Maciambu, quando o Governo do Estado, através da Fatma, intensificou a fiscalização ambiental na região do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro. Certo dia, apareceu na casinha do Zé Manjuva um fiscal da Fatma, que havia recebido uma denúncia e foi verificar. 
Chegando na casa do Zé, sem se identificar, o fiscal foi logo travando diálogo:
– Seu Zé Manjuva? Bom dia! Como vai a luta?
– Difírce – disse o Zé, sentado em cima de uma tora de árvore e picando fumo pra fazer um palheiro.
– Tem caçado muito?
– Tenho, a semana passada matei uns 20 periquito. 
– Vinte?! 
– Fio, alcance as cabeça dos periquito pro homi dar uma bispada – ordena a um de seus nove filhos, enquanto sua mulher, Gertrudes, observava a conversa do marido com o fiscal, debruçada na solera da janela.
– E paca, tem caçado muito? 
– Só uma essa simana. Fio, tragi a cabeça da paca. 
– E outros animais silvestres, tem caçado? 
– Vários deles. Fio, traz as cabeça dos otos bichos pro homi ver com os própro zóio. 
O fiscal pensou, pensou e perguntou: 
– Não tem passado por aqui nenhum fiscal da Fatma? 
– Sim. Na simana retrasada. Fio, tragi a cabeça do fiscali que tá dipindurada no esteio do engenho pro homi ver. 
Diz o fiscal:
– Até outro dia, obrigado pela atenção. 
– Não tem di quê. Vorte sempre – disse o Zé Manjuva se mijando de tanto rir.

Com vergonha da profissão do pai
Dia desses, numa sala de aula de um colégio particular de Palhoça:
– Pedrinho qual a profissão de seu pai?
– Advogado, fessora.
– E a do seu pai, Marianinha?
– Empresário.
– E o seu, Aninha?
– Ele é Funcionálio da Plefeitula.
– E o seu pai, Juquinha, o que faz?
– Ele... Ele é dançalino numa boate gay lá em Frolianópolis.
– Como assim? – pergunta a professora, surpresa com a resposta.
– Fessora, ele dança na boate vestido de muler, com uma tanguinha minúscula de lantejoulas; os homem passam a mão nele e botam dinheiro no elástico da tanguinha dele e depois saem para fazer programa com ele.
A professora rapidamente dispensou toda a classe, menos o Juquinha. Ela caminha até o garoto e novamente pergunta:
– Menino, o seu pai realmente faz isso?
– Não, fessora. Agora que a sala tá vazia, eu posso falar! Ele é vereador, mas dá uma vergonha falar isso na frente dos outros!



Publicado em 07/11/2024 - por Beltrano

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