Era uma vez uma Via Sacra...
A comunidade católica de Palhoça foi surpreendida nos últimos dias com a retirada da antiga Via Sagra da Igreja Matriz Senhor Bom Jesus de Nazaré, localizada no Centro. A obra do artista plástico João Dias (Dão), datada do final do século passado, sem maiores explicações foi substituída por uma nova Via Sacra, que se destaca pelo colorido das cores e que mais me parece feita por inteligência artificial.
Em minha opinião, em um contesto histórico, foi lamentável a decisão. Até porque, os quadros da Via Sacra pintados pelo artista palhocense foram encomendados, pagos e então doados para a igreja, um a um, por famílias da cidade – que, inclusive, receberam uma placa de agradecimento, na época, pela bela ação. Não sei se a placa já foi retirada ou não, o que representaria uma ofensa aos doadores. Mas o que é uma placa com nomes, se as estações não fazem mais parte de nossa história, não é mesmo?
Na época, foi explicada aos fieis cada estação dos momentos da condenação, tortura, morte e ressurreição de Jesus, com o diferencial de mostrar uma Via Sacra que passaria a ser lembrada com o Evangelho vivido nos dias de hoje: um Cristo “verde”, com as matas e o mangues; as santas mulheres de Jerusalém, representadas pelas mulheres indígenas do Morro dos Cavalos, as mulheres negras e as catadoras de berbigão; um Cristo caído na BR 101, representando as mortes desta rodovia, que corta nossa cidade; soldados com trajes dos tempos atuais, e não com vestimentas romanas; o sinédrio e o império romano representados pelas comunidades diante da igreja e do poder público, reivindicando seus direitos... Enfim, cada estação atualizada para os dias de hoje e para o futuro, com a intenção de representar uma Igreja que segue Jesus com o povo.
Representava a Igreja que atualiza o evangelho para as gerações, pois o Evangelho é sempre o mesmo, mas os tempos mudam, se não fica peça de museu e historinha do passado. Uma igreja onde você entra e reza a realidade de hoje e sai com esperança e com uma atitude de solidariedade. A nossa Via Sacra ajudava a rezar à vida e trazia uma relação com a vida de Jesus nos dias atuais.
Acho que a atual Via Sacra leva para um saudosismo infantil de um desconhecimento da vida de Jesus histórico. Acredito numa religião que lembra e segue os passos de Jesus nos dias de hoje, com o povo, com suas necessidades reais em favor da vida. Não acreditamos numa religião que infantiliza o povo. Acho que Palhoça tem uma história que tem de ser respeitada e também resgatada, valorizando as novas gerações. Isso me remete a uma frase do nosso saudoso historiador palhocense Claudir Silveira: “O povo que não valoriza a sua história não possui futuro”.
Utilidade pública
Uma “mudança” foi esquecida dentro do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, na região da Pinheira, próximo à subestação da Celesc. Solicitamos ao proprietário dos móveis e eletrodomésticos que foram abandonados no local que vá até lá para retirar aquela tralha toda, ou será que foi mais um crime ambiental de mais um irresponsável sem noção?
Sérgio Guimarães pede adoção de medidas à Defensoria Pública
O deputado estadual Sérgio Guimarães postou, em suas redes socais, que as pessoas que precisam da Defensoria Pública em Palhoça são obrigadas a ficar na chuva, em frente à sede da instituição, quando chegam cedo e ficam esperando pelo atendimento. Segundo ele, o prédio abre às 6h15, mas a grade que dá acesso à Defensoria só abre às 9h. O deputado pede que quem comanda o órgão em Palhoça autorize a abertura do portão de acesso mais cedo, pois no local existe espaço para abrigar muita gente. Guimarães pretende pedir ao defensor geral que adote as medidas necessárias para atender dignamente a população, para que as pessoas não fiquem sujeitas às intempéries do tempo.
Antes e depois
Os moradores da Rua João Vitorino Rodrigues, do Jardim Eldorado, agradecem a presteza e a atenção que o secretário de Serviços Públicos, Beto Farias, e sua equipe dispensaram ao atender ao pedido para arrumar a tubulação pluvial, que havia cedido e que ocasionou um enorme buraco na calçada da rua. Segundo um morador, a resposta de benfeitoria foi rápida e de excelente qualidade.
O que Dizem e Eu Não Afirmo...
QUE o deputado estadual palhocense Camilo Martins, além de estar dando uma atenção especial ao município de Palhoça, trazendo benfeitorias e recursos, tem colaborado com inúmeros municípios da nossa região e do estado, o que deve formar uma excelente base para disputar a eleição de 2026 – e por que não dizer, para quem sabe voltar a concorrer em 2028 para a Prefeitura de Palhoça!
QUE o governador Jorginho Mello disse, nesta semana, que seu governo quer assumir a obra que precisa ser realizada no Morro dos Cavalos. Ele diz que constrói o binário se o Governo Federal devolver os recursos, da ordem de R$ 384 milhões, aplicados pelo governo anterior em rodovias no estado de Santa Catarina. “A gente está disposto a fazer essa obra antes que vire lenda. Nós resolvemos um problema deles e eles resolvem um problema nosso”, afirmou.
QUE o deputado Sérgio Guimarães está causando polêmica nas redes sociais por ter dispensando uma emenda parlamentar em benefício da Escola de Samba Nação Guarani, de Palhoça, no valor de R$ 200 mil. Achei louvável a atitude do deputado, até porque Carnaval é cultura e arte e o povo não precisa só de calçamento, precisamos também de cultura e entretenimento. Além disso, a escola de samba de Palhoça propicia grande número de empregos e renda para centenas de pessoas e impulsiona o turismo de nossa região.
Publicado em 31/07/2025 - por Joao Jose da Silva