Vamos continuar sonhando juntos?
Há cerca de 20 semanas, iniciamos uma série de matérias e registros em vídeo sobre a tão aguardada edição 1.000 do Palhocense. Parece que passou rápido, e hoje estamos aqui. Mas, pensando bem, é como se tivesse sido ontem que uma pequena casinha de madeira no Alto Aririú — equipada com um scanner (quem não conhece, vale pesquisar), um computador (amarelado pela fumaça dos cigarros do nosso fundador, João José da Silva) e alguns CDs do Belchior — se transformava em redação. Ali, passado e presente se encontravam, misturavam-se, transformavam-se em jornalismo e memória. Mas o futuro também era nossa matéria-prima. Ainda que não soubéssemos os desafios que ele nos guardava, sonhávamos: em chegar a mais corações palhocenses, quem sabe circular semanalmente, talvez ter páginas coloridas... um dia, até um site. É lindo lembrar o quanto a coragem e o ideal daquele pequeno grupo seguem sendo inspiração.
Por mais que sonhássemos, não poderíamos imaginar o quanto essas mil edições nos ensinariam... O quanto nos fariam conhecer pessoas, lugares e histórias. Uma trajetória linda de recordar e que, ao alcançar este marco histórico, enche-nos de gratidão. Talvez hoje o jornalismo esteja mais envolvido em disputas de poder — e até de ódio. Nesse cenário, nosso Palhocense resistiu. Se o tempo parece pedir gritos e confrontos, nós seguimos pelo caminho do acolhimento — no máximo, o do deboche (que o diga nosso Beltrano).
Assim seguirá sendo nosso jeito palhocense de fazer jornalismo — e amigos. Não precisamos concordar o tempo todo para querer, cada vez mais, estarmos juntos. Renovamos aqui nossos votos com você, leitor: respeito mútuo, compromisso com a verdade e o desejo de estar cada vez mais perto — seja aqui, no papel e na tinta, seja pelos caminhos digitais que o futuro ainda irá nos trazer. Vamos sonhar juntos!
Publicado em 05/07/2025 - por Palhocense