Somos parte do que a cidade é
À medida que nos aproximamos da histórica edição número 1.000, nossos corações passam de 100 e ondas de nostalgia e gratidão têm nos tomado. Em meio a esse momento, fomos surpreendidos com um presente que reforça a razão da nossa existência. Vamos, pelas mãos e palavras dos jovens estudantes da Escola Básica Municipal Professora Adriana Weingartner, integrar um livro. O projeto investiga e valoriza os patrimônios culturais da cidade, vejam só, e o Palavra Palhocense foi escolhido como um dos temas que farão parte dessa publicação assinada por alunos do sexto ano. Um gesto que carrega um simbolismo imenso — sermos reconhecidos como parte do que a cidade é, pelo olhar de quem ainda está descobrindo o mundo à sua volta e o tamanho de suas raízes. Pura luz!
Não é a primeira vez que cruzamos os portões de uma escola. E sempre que o fazemos, sentimos algo especial. Compartilhar com os estudantes nossas experiências, nossos desafios, nossas histórias — inclusive aquelas guardadas no baú do Projeto Memória Palhocense — é um mergulho em nossa própria essência. Vemos os olhos brilharem ao descobrirem que Palhoça já foi muito diferente. Vemos a curiosidade despertada, a vontade de também contar histórias, vencendo a timidez. E, com isso, renovamos a certeza de que jornalismo e educação têm muito em comum: ambos servem para trazer à luz a memória, a crítica e o pertencimento.
Fazer jornalismo local e educar são atos de resistência. Não no sentido do confronto, mas da colaboração com o tempo presente e nossa história vibrante. Ser tema de um livro escolar é mais que uma homenagem: é a afirmação de que nossa trajetória tem valor pedagógico, histórico e afetivo. Que venham os próximos capítulos, escritos em páginas de papel jornal, folhas brancas com cheiro de livro, ou bites que circulam por aí na velocidade da luz.
Publicado em 05/06/2025 - por Palhocense