6173ef1509b61c6e170e11f5fb6a0e5b.jpeg Vazamentos internos: um problema que pesa no bolso do cidadão

b610fc97dccd6d2f425b905b1e8c9bcf.jpeg Expansão da rede de esgoto transforma praias e o mercado imobiliário em SC

edea1116d5a99c1611f240f79e328654.jpeg Arquivo do Detran em Palhoça registra acúmulo de vias impressas da CNH

55a437e11a8141202496994c3d9c4b2a.jpeg Rapper de Palhoça participa entrevistas e gravações em São Paulo

c23de62be737f14995674b895752055d.jpeg Espetáculo beneficente une artistas para homenagear o músico Cidão França

3b21baa45405c6424f3e72974d433bdc.jpeg CEU será palco de apresentação de teatro infantil nesta sexta-feira (22)

0bc4a57eef940d378eb1344e86320502.jpeg Home & Decor traz móveis com até 50% de desconto em São José

ab7d7a96bb2146219d5249dbdc683b2c.jpeg Palhoça Esporte Clube lidera o Estadual Sub-12 com 7 pontos

4d847de5d1ae38af6da6a804a54def0a.jpeg Léo Weiss retorna aos ringues com vitória na Copa SC de Boxe

d4b46ac9b913d417b9f0cd52aa3a20bb.jpeg Léo Weiss retorna aos ringues neste sábado (9), de olho nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028

1a6f75ed4ae66091fd67de5d6f237a42.jpeg Ricardo Martins é campeão do Rally dos Sertões 2025 em duas categorias

fcc4c5f1827454a9701c2f0b607d9a0f.jpg Guarani de Palhoça inicia preparação para a Série C do Campeonato Catarinense

Em quarentena: cuidado com a saúde física e mental

Na segunda edição do programa ao vivo “Palavra do Palhocense”, que foi ao ar pelo Facebook nesta terça-feira (31), especialistas deram dicas para este momento de exceção social

1a3dde1e77b417b74368e4d6ef4fc253.jpg Foto: REPRODUÇÃO/INTERNET

Na noite de terça-feira (31), exibimos, ao vivo, a segunda edição do programa “Palavra do Palhocense”, novamente dedicado a debater assuntos relacionados à crise provocada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Desta vez, além de trazer as palavras das autoridades públicas, como o vice-prefeito de Palhoça, Amaro Junior, e o secretário municipal de Saúde, Rosiney Horácio, trouxemos também as reflexões de especialistas em dois aspectos importantes do nosso cotidiano, ainda mais evidenciados em uma época de exceção social como a que vivemos atualmente, com a quarentena imposta pelo Poder Público: a saúde do corpo e a saúde da mente.

A nutricionista clínica Luciana Castanha foi a primeira a entrar no ar. Luciana abordou, primeiramente, a questão da imunidade. Muito se tem comentado que o Covid-19 traz complicações mais severas em pacientes com baixa imunidade. “Pessoas com obesidade, câncer, vitamina D baixa, têm propensão maior a ter o Covid-19, então, a gente precisa fortalecer com nutrientes, vitaminas e minerais, para que a chance de pegar o coronavírus seja menor”, confirma a nutricionista.

Luciana falou da importância da alimentação para manter o sistema imunológico forte. “Muitas pessoas acham que essa alimentação é cara, e não é. Fazendo o básico, com frutas, legumes, verduras, colocando o prato o mais colorido possível, com feijão, arroz integral, carne, peixes... Então, alimentos que não são caros já tornam a imunidade melhor, mais eficiente e diminuem o risco de pegar o coronavírus”, receita a profissional.

Estudos recentes também apontam a relação direta entre índices reduzidos de vitamina D no organismo e a ação do novo coronavírus. E como melhorar nossos níveis de vitamina D? A nutricionista explica que é aconselhável a exposição ao sol, durante 10 a 15 minutos por dia, principalmente nas articulações, cotovelos e joelhos. Luciana também indicou fontes alimentares que ajudam a aumentar os níveis de vitamina D no organismo, como sardinha, atum, ovos, leite e queijo. 

Em qualquer momento da nossa vida, é importante ter atenção com a higiene dos alimentos. Em época de pandemia de um vírus de alto contágio, então, nem se fala! Luciana Castanho orienta a ter cuidado, principalmente, com frutas e folhas. “É importante enxaguar bem em água corrente, para tirar bactérias, larvas, vírus, que a gente não consegue ver a olho nu. Esses micro-organismos só saem com água corrente. Então, é importante usar água corrente e depois deixar de molho no hipoclorito de sódio, água sanitária ou cloro por 10 a 15 minutinhos e enxaguar, e só aí poder consumir”, explica, receitando a dosagem de uma colher de sopa (de água sanitária, por exemplo) para cada litro de água onde vamos deixar nossas folhas e frutas de molho.

Outra questão importante: quanto mais tempo passamos em casa, maior a tendência de “assaltar” a geladeira ou a dispensa. E aí, a chance de sairmos dessa pandemia com sobrepeso aumenta consideravelmente. Para diminuir a compulsão com comida, principalmente com os doces, Luciana aconselha a mastigar mais devagar, não pular refeição e comer frutas após a refeição.

O ideal é aproveitar esta “parada forçada” na rotina diária para fazer uma total reflexão dos nossos hábitos alimentares. Até porque, é muito provável que o Covid-19 tenha se originado de hábitos alimentares exóticos e pouco higiênicos, como a ingestão de carne de morcego, comum na região de Wuhan, na China, onde se originou a pandemia. “Muitas pessoas me procuram com relação a peso, mas nutrição não é só isso. Nutrição é imunidade, é saúde, é qualidade de vida. Muitas pessoas precisam mudar de visão. A gente precisa ter mais consciência de como a gente vai levar a vida daqui pra frente. É importante a gente fazer essa reflexão e mudar de hábitos desde já. Aproveitar esse isolamento, a quarentena, para fazer realmente um planejamento, uma organização de como vai ser daqui pra frente”, destaca a nutricionista.

 

Corpo são, mente sã

Luciana também orienta a população a fazer treinos físicos em casa, a se exercitar, a permanecer ativa, mesmo dentro de casa. A mesma orientação é partilhada pelo naturólogo Rodrigo Haeming, outro entrevistado ouvido pelo programa “Palavra do Palhocense”.

Rodrigo comentou que, ao longo da história, o ser humano está acostumado a lidar com a ansiedade, “porque tem que lidar com as lutas de cada dia”. Em situação de afastamento e redução do convívio social, que são excepcionais ao nosso cotidiano, os níveis dessa ansiedade tendem a aumentar. “É um momento em que somos impactados por um elemento, o vírus, que toma conta da comunidade humana e nos vimos diante de um lugar em que nos sentimos vulneráveis, e parece que a ansiedade aumenta”, reflete o especialista. 

Para combater a ansiedade, Rodrigo receita técnicas de respiração e meditação (medir a ação). “Toda meditação é uma forma de olhar para si, e o Covid-19, de alguma forma, faz a gente olhar para a gente e olhar para o outro, e refletir sobre quem é o outro na nossa vida. Às vezes, o outro pode ser chamado ‘medo’, o outro pode ser chamado ‘pavor’. Muitas vezes, a gente está com pensamento de pavor, então precisamos saber medir a ação diante desse pensamento”, pondera. “Sugiro para as pessoas que estão em casa busquem prestar atenção na respiração. Não precisa fazer um exercício específico de respiração, mas que possam observar a respiração de forma espontânea, a entrada e a saída do ar, isso faz uma diferença enorme, gera bem-estar, porque o estado respiratório muda todos os estados emocionais e psíquicos, através do ar, este elemento natural”, receita.

Rodrigo concorda que é importante pegar sol diariamente, uma atitude fundamental para manter a vitalidade: “Quando estiver pegando o sol, faça exercícios de respiração, mantenha contato com o corpo, pare, silencie, observe o pensamento. Os pensamentos são como nuvens, eles vão passar e vão retornar. Este é um estado de percepção da natureza, da natureza da mente, que não está separada da natureza em si. Ela é a expressão dessa natureza de fora”.

O naturólogo convida as pessoas a avaliarem o ritmo do dia, com suas expansões e contrações, analisando detalhes como a alimentação, a respiração e o pensamento. Pensamentos de medo e pavor diante do impacto do vírus na sociedade podem trazer histeria. O importante é manter o equilíbrio. “Estamos passando por uma grande reflexão humana com isso”, diz Rodrigo. Reflexão humana e social; em foco, o prisma da coletividade. Rodrigo avalia que é necessário falar sobre o “estado de bem-estar social” da população em geral. Como exigir que alguém que vive longe das condições básicas, que não tem casa, alimento ou água, seja capaz de sentar e meditar? “A segurança é a base do bem-estar. O estado de segurança é que vai dar a primeira força para que a gente possa superar qualquer dificuldade. Nós, como cidadãos, estamos presentes na sociedade e precisamos exigir que o Estado nos dê segurança”, argumenta.

O especialista afirma que essa segurança interfere diretamente nas relações interpessoais; o impacto da falta de estrutura e, neste momento, de uma crise provocada por uma pandemia, tem um “impacto de amplo espectro na sociedade”. Portanto, acredita que o Estado também precisa ser reinventado por seus gestores e precisa gerir esse bem-estar social. E nós, população, como entes desse Estado, precisamos pleitear nossos direitos. “Esta eu acho que vai ser a grande revisão”, projeta.

Não há dúvidas de que o mundo todo será diferente quando esta pandemia passar. Diferente nas relações econômicas, na atenção à saúde, na observação da higiene e, quem sabe, diferente até na estrutura política e social. De qualquer forma, diferente. Nossa sociedade não será a mesma após a passagem do Covid-19. “Sempre acreditei no ser humano e continuo acreditando nele, é um ser que se dedica muito ao seu propósito de construir uma vida melhor, mesmo com nossos equívocos dentro da política, da gestão. Acredito que o ser humano tem, sim, uma natureza de transformação, e quanto mais entramos em contato com nossas vulnerabilidades, e o Covid nos faz estar presentes diante disso, mais humanos nos tornamos, mais podemos nos reinventar na relação com o outro”, comenta. “A humanidade vai ter que se reinventar diante da dor. Todo sofrimento por que o homem já passou, nas guerras e em todos os momentos de sofrimento, o homem se reinventou e se humanizou”, finaliza. 



Tags:
Veja também:









Mais vistos

Publicidade

  • ae88195db362a5f2fa3c3494f8eb7923.jpg