Cansados de conviver com uma rotina de assaltos, moradores da Ponte do Imaruim se reuniram no sábado (10) para uma manifestação pacífica. Eles pedem mais segurança no bairro, especialmente nas ruas vizinhas a um posto de gasolina abandonado.
O Palhocense já trouxe o drama desses moradores em outras edições. O antigo posto, na rua Aniceto Zacchi, foi tomado por moradores de rua e usuários de drogas. Depois desta "ocupação", a incidência de roubos a residências aumentou, e hoje, ninguém se sente seguro nas imediações do posto. "A cada dia que passa, o problema de falta de segurança no bairro da Ponte do Imaruim aumenta mais. Agora, por exemplo, está este posto de gasolina há muito tempo abandonado. O que está acontecendo: os moradores de rua, os craqueiros e outras pessoas estão usando isso aí como se fosse um quartel general. Eles vêm aqui e se reúnem e essas três ruas aqui são as que mais estão sofrendo", discursa o vereador João Carlos Amândio (Bala, PSD). Além dele, o vereador André Xavier (PR) também participou da manifestação.
Bala conta que a comunidade pediu a ajuda dos legisladores municipais, e após uma reunião, na semana passada, foi definida, em conjunto, a realização do protesto. "Não estamos aqui para criticar o trabalho de ninguém, viemos para pedir apoio para a Ponte do Imaruim, que tem o maior comércio, a maior população e a maior rede de ensino do município", reflete o vereador.
A ideia é repetir a mobilização a cada 15 dias, até que seja encontrada uma solução para o problema. "Acho que é necessário fazer isso, é uma forma de tentar para ver se melhora, porque estamos em uma situação muito ruim aqui, uma situação crítica. O roubo está aumentando dia a dia. Não tem uma rua que eu conheça que as pessoas já não foram roubadas. Inclusive eu, esta semana, fui roubado na minha casa. O cara chegou até a levar a grade de alumínio do meu muro, de madrugada. Estamos muito preocupados", relata Ireno Hillesheim.
Os moradores elogiam a atuação da polícia, que sempre atende quando é chamada até o local. Porém, reclamam da atuação do Judiciário, porque ninguém fica preso; no mesmo dia em que são levados pela PM, os meliantes estão de volta às ruas praticando novos roubos. "As pessoas não conseguem dormir, estão apavoradas", observa Eliane Glanzel Alves Machado.
Eliane diz que os vizinhos se organizaram em um grupo fechado e fazem uma espécie de vigília coletiva nos imóveis das ruas afetadas. Já conseguiram evitar assaltos com essa medida. Mas o problema ainda está longe de ser controlado. "Chegamos em um extremo que não dava mais para circular aqui no posto, passar aqui no posto. Na nossa rua, a Max Schlemper, todas as casas foram assaltadas. E isso tudo está relacionado a este posto, que está atirado e está fazendo mal para nós da comunidade e ninguém toma uma atitude", lamenta Eliane.