Era uma vez um menino que escrevia poesias e as guardava na gaveta. Achava bonito o que sentia, mas tinha medo de mostrar ao mundo. O tempo passou, e esse menino virou cantor, compositor, um artista ímpar — 37 anos de música, de palcos, de encontros. Mas aquelas palavras adormecidas continuavam ali, esperando o momento certo de virar canção.
Esse momento chegou agora, no Dia dos Namorados de 2025, com o nascimento do seu primeiro álbum autoral: “Entre Luzes e Sombras”, lançado pela gravadora SoundOn e já disponível em todas as plataformas digitais.
Antes mesmo de chegar aos ouvidos do público, o álbum já conquistou reconhecimento: foi indicado ao Prêmio BTG Pactual da Música Brasileira, nas categorias Melhor Intérprete e Melhor Álbum de MPB 2025 — um marco para uma estreia autoral tão sensível quanto potente.
O disco é uma travessia íntima pelas emoções que nos constroem. São 12 faixas que equilibram amor, perda, saudade, fé e reconexão. A primeira música, “O Lado Quente do Amor”, abre a escuta com o calor do sentimento que move tudo. Já a comovente “Quando Olho pro Céu” é um tributo aos que partiram, com dedicatória especial à mãe do artista, Edith Estrella, e à prima Júlia Trompowsky — vozes eternas que agora vivem em melodia.
Outras canções, como “Contraste”, “Cinema Olimpo”, “Sem Refrão”, “Jeito Cigano” e “Teus Olhos Meus” (uma homenagem delicada à grande Elis Regina), ajudam a traçar esse caminho entre luzes e sombras. A faixa-título, por sua vez, costura o conceito que permeia todo o disco: a vida como uma dança entre momentos claros e escuros, onde ambos têm seu valor.
E como não poderia faltar, dois sambas marcantes — “Vou Dar Mole, Não” e “Vida Danada de Boa” — provam que a leveza também é forma de resistência e celebração.
O álbum foi produzido por Casé Henrique e Eduardo Praça, com direção musical e arranjos de Leonardo Rangel, sob a supervisão da cantora Mariama Corrêa. Gravado entre os estúdios Beta Santa Catarina e Beta São Paulo, cada faixa carrega o cuidado artesanal de quem vive a música como missão.
Palhocense de coração, Casé revela que esse álbum só ganhou vida graças aos amigos que fez em sua nova cidade. Foram eles que o encorajaram a abrir as gavetas do passado e a transformar poesia em som. E hoje, com coragem e verdade, ele compartilha isso com o mundo.
“Entre luzes e sombras é onde a vida realmente acontece”, diz Casé.
E ele está certo. O álbum é dedicado a todos que já se perderam para se reencontrar, que enfrentaram dias nublados sem esquecer que o sol ainda existe.
Porque, mesmo na escuridão, a música de verdade continua acesa — para quem sente, para quem escuta, para quem vive.
Ouça “Entre Luzes e Sombras” nas plataformas digitais e permita-se caminhar por essa estrada de sentimentos, versos e melodias.
12/06/2025
29/05/2025