5782ece518e6b6c43756e4ce87825bf9.jpeg Palhoça elege os 21 vereadores para os próximos quatro anos

0ef095e9f6d0ba57e48895847cfb8b22.jpeg Vestibular de Medicina da UniSul: professor dá dicas de como se preparar para a prova

b69ad95e2da5aacbc67ee7b98e46969f.jpg Palhoça contará com transporte público gratuito neste domingo (6)

ce88d3972bff68a114049524a64dc586.jpeg Mesmo após imprevisto, Ricardo Martins segue nas provas do Rally dos Sertões 2024

e8099a42cd699cce052d9410aba76e49.jpeg ViaCatarina ajuda pai de judoca a custear viagem ao Rio de Janeiro

b6dbf37ac86c979b1e0077246cdcaee7.jpg Rodrigo Rocha é o goleiro da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de Futebol 7

f1d7d8f63c4f77b072a4805b3f0e845b.jpeg Jovens palhocenses ganham medalhas em competição de jiu-jitsu na Capital

fd67d75723bfe78bda89f51eaf466587.jpeg Judoca se prepara para representar Palhoça nos Jogos Escolares Brasileiros

Nosso trabalho gera empregos

Artigo do ministro da Cultura, Vinicius Lummertz

3326f711bf4def21e61821d7ca5f85e6.jpg Foto: DANIEL VIANNA/DIVULGAÇÃO/MTUR

Por: Vinicius Lummertz*

No dia em que estava escrevendo este artigo sobre o novo movimento promovido por órgãos e entidades turísticas do país e que tem como mote “Turismo: Nosso trabalho gera empregos”, recebi a notícia de que serão pelo menos 28 paradas de navios de cruzeiro na próxima temporada em Balneário Camboriú (foto). Na frieza dos números, cerca de 120 mil passageiros e tripulantes, projeção de 88 mil pessoas desembarcando e de R$ 40 milhões de movimentação econômica na região da foz do Itajaí. Melhor ainda: as operadoras passam a fazer “dobradinha” com Porto Belo, que terá 18 escalas. Longe da frieza dos números, o que isso significa? Milhares de empregos, salários e maior arrecadação de impostos para aplicação em setores básicos como educação, saúde e segurança.

Não pode haver “case” melhor do que esse para ilustrar o que quero dizer a você sobre o setor que tem que ser guindado ao centro político e econômico do país. O turismo pode gerar 2 milhões de empregos nos próximos quatro anos, mais do que o de energia eólica (200 mil até 2020), de comunicações (300 mil até 2022) e de óleo e gás (500 mil até 2020). É um mercado que representa US$ 8,3 trilhões no mundo e 7,9% do PIB do Brasil. Mesmo com os avanços da tecnologia, o turismo não para de gerar empregos e é responsável por um em cada cinco postos de trabalho criados no planeta. 

Mas, infelizmente, os números do mercado turístico no nosso país ainda precisam melhorar muito. Veja: nós brasileiros deixamos US$ 19 bilhões no exterior em 2017, mas os estrangeiros só gastaram aqui US$ 5,8 bilhões, um déficit de 13,2 bilhões na balança comercial. Isso parece inexplicável para um país que foi eleito o número 1 do mundo em atrativos naturais. Mas há explicação, sim: quando o quesito é priorização do turismo, somos o número 106 de 130 países analisados. Somado a isso, oferecemos aos empresários os piores ambientes de negócios do planeta.

Quando se trata de investimentos privados no setor, ficamos muito longe de nações como os Estados Unidos (US$ 176,35 bilhões) e China (US$ 154,67 bilhões), com apenas US$ 19,66 bilhões. Os investimentos públicos também deixam a desejar. Por exemplo: os Estados Unidos investem US$ 127,7 bilhões, enquanto nós, apenas US$ 8,84 bilhões.
O mundo inteiro já sentiu a importância do turismo. Não faz sentido o Brasil, campeão mundial de belezas naturais, não ter o turismo como uma das suas prioridades. Estamos falando em dobrar o número de visitantes estrangeiros para 12 milhões e inserir mais de 40 milhões de brasileiros no mercado de viagens. Chega de pensar no turismo como vagão. O turismo é locomotiva, não é consequência, mas sim uma das causas do desenvolvimento econômico. A sociedade precisa estar atenta, cobrando dos candidatos e dos próximos governantes.

* Ministro do Turismo



Tags:
Veja também:









Mais vistos

Publicidade

  • ea73bab336bac715f3185463fd7ccc14.jpg