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Beltrano - Edição 997

 

A vida sofrida de um pobre sem rosto 

 

O meu nome é Beltrano
E dizem que sou valente
Não gosto de covardia
Sou um cara consciente
E através da poesia
Toda hora, a cada dia
Dou com a língua nos dentes.

Querem me deixar contente?
Ajudem esta terra bendita
Lutem pela liberdade
E aceitem a nossa crítica
Quem sabe a verdade apronta
Não desejem além da conta
Entrar na Boca Maldita.

Palhoça é minha pátria 
Terra onde me criei
Berço de minhas andanças
Aqui, quem tem um olho é rei 
E digo uma coisa pra ti: 
De tudo que eu vi aqui, 
Em muito não acreditei. 

A educação é importante 
Palhoça quer poesia 
O político quer o eleitor 
Que faz a sua alegria 
Uma cidade sem cultura  
Ou político sem compostura
É como um cego sem guia.

Mas deixamos isso de lado,
Falamos da vida pobreira
Do pequeno trabalhador
Do seu mundo de canseira
Que ainda faz sorriso
Imaginando o paraíso
Vivendo desta maneira.

Sua festa é um boteco;
Seu lazer, uma proseada;
A sua roupa de missa
Costuma ser bem guardada
E geralmente é aquela
Lavada em água de barrela
E menos remendada.

Seu guarda-roupa é cabide;
Sua poltrona, o batente;
Sua morada, um casebre
Faltando a porta da frente;
Sua alegria, o estudo
Que considera sortudo
Por dar ao filho inocente.

A margem da sociedade
Vive no anonimato;
Seu cinturão, uma tira;
Sandália de dedo, sapato;
Seu medicamento é o chá
Que da terra arranca a pá
Das folhas e raiz do mato.

O seu tema de conversa
A doença – a perdição,
A escassez do dinheiro,
Inverno, chuva e verão,
E a estória da novela
Que vê à luz de vela
Quando liga a televisão.
Na sua casa de um cômodo,
Um bico de luz emprestado;
O fogão, que está sem gás,
Faz fumaça no telhado;
Seu cachorro, o companheiro
Mesmo não tendo dinheiro
Dorme feliz ao seu lado.

Sua iluminação de rua é relâmpago;
A lama na estrada é a judiação;
O vento é o ventilador;
Seu lenço, as costas da mão;
Seu carteiro, um motoqueiro
Que todo mês chega ligeiro
Pra cobrar a prestação.

Seu terreiro é o mangue,
A vida, na maré atolada;
Seu despertador são os pássaros
Que contam na madrugada;
Sua dormida, uma pobre cama
Que divide com uma dama
Doente e mali-acabada.

Por isso, peço aos políticos
Que vão concorrer em mais uma eleição:
Visitem as comunidades,
Dos pobres tenham compaixão
Nossa cidade é de cimento
Mas não é só de calçamento
Que vive a população.

Venham ver que falta pão,
Onde deveria ter queijo,
Animais soltos na rua,
Carroças rangendo o eixo,
Sem nada para morder
Esperneia pra não morrer
De fraqueza cai o queixo

Este eleitor contumaz
Mexe com os brios meus
Faz do problema incentivo
Para os compromissos seus,
Porque maior do que tudo
É ouvir o lamento agudo
Da fé que ainda tem em Deus.

Sai governo, entra governo
O pobre não evolui
Na Câmara e no senado
Ficam no “tô nem aí”
Primeiro foi o Bolsonaro
Então eu nem comparo
Pois vivia andando de jet-ski.

É público e notório que não muda
Em cada eleição, só troca a quadrilha
É um pior do que o outro
Fazem ninho de cobra em Brasília
Enquanto o Lula, com a Janja 
Na França, nosso dinheiro esbanja
O pobre se vira com o Bolsa Família.

Queremos políticos zelosos,
Com emoção e prazer,
Que possuam compromisso
E use todo o poder
Pra ajudar nessa luta
Pregando paz e conduta
Para o povo melhor viver... 



Publicado em 12/06/2025 - por Palhocense

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