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Abençoada com o dom da cura

Nesta edição especial de aniversário do município, o Palhocense contra a história de dona Nelita Elisa Fortkamp

fc9d7bf43e6acf1a16acefab96a965f1.jpeg Foto: LUCIANO SMANIOTO

Nesta sexta-feira (24), Palhoça comemora 126 anos de emancipação político-administrativa. Para celebrar a data, o Palavra Palhocense vai contar a história de dois filhos da terra, e através deles, queremos estender a homenagem aos homens e mulheres que ajudaram a construir a trajetória do município, desde os saudosos tempos dos primeiros imigrantes até os protagonistas do desenvolvimento atual. Simbolizam nossa reverência seu Rubens Rosa de Freitas (veja na página 6) e dona Nelita Elisa Fortkamp.

Não são poucas as pessoas que procuram as bênçãos de dona Nelita, no Pachecos. Herdou da mãe, dona Elisa Caetana da Silva, o dom da cura. “Não é benzer, eu só coloco a mão”, diz dona Nelita, hoje com 84 anos. "Passo a mão e vejo, noto as coisas", explica.

Dona Nelita conta que morou em Palhoça “toda vida”. Nasceu em uma cidade que não existe mais. A família se consolidou no Pachecos, que era praticamente uma área rural, onde o pai, José Cândido da Silva, tinha engenho de farinha e de açúcar. E onde era possível tomar banho no rio Aririú, de águas límpidas e repleto de peixes, inclusive tainhas, que eram trazidas rio adentro pela maré alta. “Aqui era tudo roça, isso aqui era tudo chácara”, lembra dona Nelita, que ia a pé (e também voltava caminhando) até a escola Venceslau Bueno, e depois a Ivo Silveira, onde fez o magistério, ambas no Centro de Palhoça.

Professora formada, passou a lecionar na escola Guilherme Wiethorn Filho, na Terra Fraca (hoje, Bela Vista), dando aulas para estudantes da primeira à quarta série. Gostava muito de dar aulas e sente muita saudade desse tempo. Gostava tanto que ajudou a fundar uma creche. Foi na época em que cuidava de duas netas e resolveu fazer uma creche na sua casa, ampliando o atendimento a outras crianças da região. A creche evoluiu com o tempo e nasceu o Centro de Educação Infantil Vovó Elisa, famoso no Pachecos e que precisou ser demolido porque ficava no meio do trajeto do Contorno Viário. O nome foi uma homenagem à sua mãe, dona Elisa.

Este nome foi fácil de escolher. Mais difícil foi nomear a igreja que também ajudou a fundar no bairro. Na época, as missas eram celebradas pelo padre Milani em uma escolinha de madeira construída no terreno de um irmão de dona Nelita – onde hoje fica a EBB Professora Maria do Carmo de Souza. Junto à escola, havia um galpão, e as missas eram realizadas ali, assim como as aulas de catequese que ela comandava. Certa vez, quando a missa era celebrada, desabou um temporal que assustou a todos, e a partir daquele momento, dona Nelita uniu forças para a construção de uma igreja. "Todo mundo me ajudou, não fui só eu", relembra.

O grupo de abnegados liderado por dona Nelita reuniu recursos e conseguiu comprar um terreno, onde foi erguida a nova igreja. Aí, começaram a pensar no nome. Dona Nelita foi até pesquisar se havia "Santo Pacheco" nas escrituras católicas! Mas escolheram São Pedro, porque muitos "Pedros" ajudaram a construir a igreja. Uma igreja abençoada “pessoalmente” por Jesus Cristo: dona Nelita conta sobre o dia em que viu uma figura na igreja, mas teve medo de se aproximar, pois não reconheceu o homem que ali se encontrava e ela estava sozinha, não teria a quem pedir socorro, caso o forasteiro trouxesse problemas. Tempos depois, quando precisou de assistência hospitalar, viu uma imagem em um quadro no hospital que era exatamente a mesma imagem que vislumbrou na igreja naquela ocasião. Descobriu, assim, que havia visto Jesus. "Era ele, direitinho, o cabelo meio alouradinho, a barba... Como é que eu não falei com ele? Fiquei com tanto medo, porque estava sozinha", narra.

Hoje, dona Nelita não pode mais ir à missa. Não dá mais aulas. Sente saudade em ajudar as pessoas. Mas sofreu com um câncer e precisou se aposentar. Se dependesse da sua vontade, não teria se aposentado. "Antes, eu vivia na estrada, fazendo o bem, mas agora não dá", lamenta. Mas se ela não pode ir à missa, a missa vai até a casa dela; se não pode sair para ajudar, recebe em sua casa, todas as terças-feiras, pessoas que precisam de ajuda. "Vem gente de longe para se benzer com ela", revela o radialista Osmar Herculano Pereira (Jacaré). "Até de São Paulo veio gente aqui, já. Gente desenganada por médicos", confirma dona Nelita, que não cobra nada pelas bênçãos que aplica. Afinal, ajudar ao próximo, pra ela, também é uma bênção!

 

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