Jornal Palavra Palhocense - Quem é o Jean Negão?
Jean Negão - Nasci em Londrina, no Paraná, tenho 49 anos, sou casado com a professora Mirtis Feldhaus e tenho uma filha biológica e uma de coração. Sou advogado, formado em Gestão Pública e empresário da atividade de hortifruti. Vereador eleito em 2016, defendo políticas voltadas para o liberalismo econômico, preservação da família tradicional e da cultura local, me declarando um constitucionalista cumpridor da lei.
JPP - Fale um pouco de sua identidade com Palhoça!
Jean - Cheguei em Palhoça no ano 1990, em busca de oportunidade. Com pouco estudo e sem conhecer ninguém, consegui abrigo com minha barraca na casa da família do Edgar Scheidt. Ali conheci muitas pessoas e encontrei a oportunidade necessária para mudar a vida. Estudei, me tornei advogado, criei a Feijoada do Jean Negão, casei, fui pai, virei empresário. Vi Palhoça crescer, me apaixonei pela cidade. Sou parte da história de Palhoça.
JPP - Quando e quem te incentivou a participar da política?
Jean - Ingressei na política de Palhoça em 1992, na eleição do prefeito Ronério Heiderscheidt. Em 2016, resolvi disputar a eleição pela primeira vez e fui o quinto vereador mais votado, com 2.002 votos. Não houve especificamente um incentivador. Essa minha paixão que tenho por Palhoça é que me deu o impulso para ingressar na política.
JPP - Como você avalia o atual momento político de Palhoça?
Jean - Ruim. A política deve se preocupar em promover qualidade de vida. Vejo que não possuímos ações que possam verdadeiramente mudar o cenário. Uma cidade que tem crianças acompanhando seus pais na rua tarde da noite para juntar "lixo" para vender não pode estar no caminho certo. Gestão não é só calçar ruas com dinheiro emprestado com juros caros. É preciso primeiro pensar nas pessoas.
JPP - De que forma você vê o papel do vereador dentro da gestão pública?
Jean - Crítica. O vereador tem papel importante no controle das ações e fiscalização dos atos do Executivo. O prefeito engoliu o poder Legislativo, tornando-o dependente da máquina. Isso é ruim para a cidade e para a democracia. Outra questão que precisa melhorar é a qualidade de conhecimento dos vereadores. Tudo que se faz na Câmara irá repercutir na vida das pessoas da cidade.
JPP - O que você conseguiu realizar como vereador? Alguma frustração?
Jean - Elenquei algumas prioridades. Na região Sul de Palhoça, conseguimos, juntamente com a Fatma, alterar a lei do zoneamento estadual - que impedia o uso da propriedade naquela região. Precisamos melhorar a segurança jurídica no Sul para acabar com a farra do ajustamento de conduta e as multas ambientais. Só não está resolvido o problema do Sul porque o prefeito Camilo está amarrando a indicação dos representantes palhocenses no conselho. Elaborei lei que permitia o município auxiliar os protetores de animais nas atividades de proteção dos animais de rua, todavia a lei foi vetada pelo prefeito Camilo; lutei pelos músicos e pela cultura da cidade; criei a lei que acaba com a farra da publicidade na Prefeitura, mas ainda não foi promulgada; fiscalizei as ações da educação e a qualidade das escolas disponíveis aos alunos. Enfim... Minha maior frustação é ver que o prefeito Camilo não possui comprometimento com as ações propostas pelos vereadores e com o povo.
JPP - Como foi a decisão de deixar o Legislativo e buscar uma eleição para prefeito de Palhoça?
Jean - Simples. Entendo que o vereador não deva ter direito à reeleição. Um mandato é suficiente. Quando entrei, em 2016, já havia afirmado que ficaria apenas um mandato. Disputar o comando da Prefeitura faz parte de um processo de gratidão que tenho para com o povo de Palhoça. Conquistei dignidade nessa cidade e condições para dar conforto para minha filha. O povo de Palhoça tem esse direito e queremos ajudá-lo a conquistar.
JPP - Suas considerações finais.
Jean - Todos devemos trabalhar para melhorar a qualidade do lugar onde vivemos. Palhoça vive momento que reclama a necessidade de se utilizar a técnica e o conhecimento para evitar que ela se transforme num lugar de baixa qualidade de vida. Congestionamentos diários, falta de segurança, problemas na saúde e educação representam as consequências negativas de gestão sem rumo e de crescimento populacional sem controle. Precisamos mudar essa realidade urgente.
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