A Polícia Rodoviária Federal (PRF) providenciou um laudo pericial que detalha informações sobre um acidente que envolveu 25 veículos na região do Morro dos Cavalos. O caso ocorreu em 6 de abril, quando um caminhão tombou, explodiu e acarretou em um incêndio que atingiu carros e outros caminhões ao redor.
Segundo informações oficiais, o caminhão que tombou estava a cerca de 57 quilômetros por hora no momento do acidente. Ainda assim, o motorista teria perdido o controle da condução. Ele sobreviveu, mas teve cerca de 30% do corpo queimado. Já a esposa, que estava no banco do carona, teve cerca de 20% do corpo atingido pelas chamas. Eles foram atendidos e levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Pinheira. Além deles, outras três pessoas tiveram ferimentos.
Um detalhe informado no laudo é de que o caminhão transportava uma passageira não auxiliar: a esposa do condutor. Essa prática está em desacordo com resolução da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a respeito do transporte de produtos descritos como “perigosos”. Ele transportava álcool etílico.
O acidente ocorreu por volta das 13h37 do domingo (6) e foi captado pelas câmeras instaladas na região. A pista foi liberada por volta das 5h de segunda-feira. 21 carros e três carretas foram atingidos pelo fogo, além do caminhão que provocou o incêndio. As vítimas têm direito ao recebimento do Seguro DPVAT.
No momento do impacto, o caminhão vinha por um trecho curvo da rodovia, quando acabou tombando, o que ocasionou a explosão e o incêndio. Porém, um detalhe observado pelos peritos é o congestionamento no sentido contrário, por causa de outro acidente. Esse fator propiciou o elevado número de veículos atingidos pelas chamas. Isso porque os carros imediatamente atingidos estavam no sentido contrário ao do caminhão que explodiu, praticamente parados em uma fila.
O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina atendeu à ocorrência. A PRF também atuou no local. Em paralelo, equipes da concessionária Arteris Litoral Sul ajudaram atendendo às vítimas e contribuíram para a liberação do trecho. Equipes da prefeitura de Palhoça, através da Secretaria Municipal de Obras, atuaram no local e ajudaram inclusive com maquinários. Também ajudaram: Defesa Civil, Polícia Militar, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Instituto do Meio Ambiente (IMA).
Mas um fator determinante foi a demora da empresa responsável pelo gerenciamento de crises e emergências ambientais. De acordo com o documento, a equipe dessa empresa só chegou no local mais de quatro horas e meia após o acidente. E mais: segundo a PRF, essa equipe ainda estava sem os veículos e equipamentos necessários para realizar o serviço de controle e transbordo do produto inflamável — o álcool etílico. "Isso retardou a liberação da via", segundo o laudo.
O início do trabalho de limpeza da via aconteceu apenas por volta de meia-noite, quando foi providenciado um caminhão-tanque do CBMSC para receber o restante do líquido inflamável.