Foto: DIVULGAÇÃO
Os afogamentos estão entre as principais causas de morte em crianças. A informação e a prevenção continuam sendo os métodos mais eficazes para evitar tragédias. Em cidades banhadas por mar, rios e cachoeiras, como é o caso da nossa região, a segurança aquática deve ser prioridade tanto no âmbito da saúde pública quanto na rotina das famílias, a fim de reduzir índices de mortalidade e de sequelas graves.
Segundo o Relatório Global da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 2019, cerca de 236 mil pessoas morrem por afogamento todos os anos. Na última década, foram registradas 2,5 milhões de mortes. O afogamento é a principal causa de morte em crianças de 1 a 4 anos, vitimando aproximadamente 11 pessoas a cada hora. Muitas das vítimas que sobrevivem carregam sequelas permanentes, como danos neurológicos, estado vegetativo, retardo mental ou tetraplegia espástica.
No Brasil, o afogamento é a sétima maior causa de morte por fatores externos, associado principalmente à falta de supervisão de adultos, ao desconhecimento dos perigos aquáticos e ao fato de muitas crianças não saberem nadar.
Um estudo realizado em 2025 por alunos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que, diariamente, cerca de três crianças morrem em decorrência de afogamento no país. Entre 2021 e 2022, foram registradas aproximadamente 2,5 mil vítimas, com maior incidência em crianças de 1 a 4 anos, seguidas por adolescentes de 15 a 19 anos, em sua maioria meninos.
De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC), entre janeiro de 2015 e dezembro de 2023 foram realizados 39.247 salvamentos e registrados 1.679 óbitos por afogamento no estado. A região metropolitana de Florianópolis concentrou 93,4% das ocorrências, com destaque para a capital, que contabilizou 15.678 casos.
Esses números reforçam a importância da supervisão ativa de adultos e da adoção de estratégias de segurança. A chamada “cadeia de sobrevivência” inclui medidas como inserir as crianças desde cedo em aulas de natação, sempre acompanhadas por profissionais de Educação Física. A segurança aquática vai além da técnica: envolve presença, supervisão, ensino de flutuação e respiração, noções de sobrevivência e responsabilidade.
Novembro é o mês da conscientização da Segurança Aquática.
Participe também dessa iniciativa na L. A. Esportes Aquáticos – Praia de Fora, Palhoça (SC).