8f935c0bf42ce6ce6683551b3531f132.png Interação com leitores marca trajetória do Palavra Palhocense

a3e553289e578cf0dee1d38f0cf4a4b5.jpeg Vereador Ney da Padaria (PL) se reúne com Bolsonaro e comenta “perseguição” contra o ex-presidente

532c164a0700eb0a1b0c6a38cc9e6cbe.jpeg Primeira edição do projeto Mulher Catarinense em Foco reúne mais de 400 participantes

06dc8f200ea27dcda25673bb851b0795.jpeg Palhoça recebe grande festival de rodeio, com diversas atrações nacionais

5bf0a8dd325bca5235749a9d0c550d62.png Antes de show em SC, Ben Harper e Donavon Frankenreiter encantam São Paulo

1bcfa3007970b618bb5c68b07e8afa5c.jpeg Prefeitura divulga programação do aniversário de 131 anos de Palhoça

a2e3463f268cc686b6c70daec4bf648e.jpg Arena Opus consolida a Grande Florianópolis no circuito de shows nacionais e internacionais

4468ca589418c94c3701e1c70df48e35.jpeg Fotojornalistas resgatam imagens marcantes para a história do jornal e da cidade

5bc0563a65cf3a0e44b6db888bf7a7a8.jpeg Equipe de Palhoça participa do Catarinense de Automobilismo neste fim de semana

c99e04c6c003ef841c89a60fad793a08.jpg Deputado Camilo Martins recebe campeã de muay thai que representará Santa Catarina na Tailândia

fe53249c1e5c8eda6f4e9a9644343a8a.jpeg “Tainá” foi dirigido por Renata Massetti e tem a atleta da Guarda do Embaú como protagonista

2b2108ddd734a84ab88bc1860b06c321.jpg Equipe da Associação Laura dos Santos é destaque em competição nacional de jiu-jitsu

8c3d42b7a9ca943e04b20f66e1b9ec36.jpeg Judô: equipe de Palhoça conquista vagas em Campeonato Brasileiro Regional V

O regime de capitalização

Artigo do presidente da Confederação Nacional dos Servidores Públicos, Antonio Tuccílio

df8cc7e5498ce65cea8e17fb35941bc6.jpg Foto: DIVULGAÇÃO

Por: Antonio Tuccílio*

 

O regime de capitalização pode se tornar uma realidade em breve, a partir da  possível aprovação da reforma da Previdência Social no Congresso Nacional. A ideia é que apenas as pessoas que ingressarem no mercado de trabalho após a reforma passem a usufruir desse modelo. Chile, Peru, Colômbia e México estão entre os países da América Latina que implantaram esse regime, mas, até o momento, nenhum destes obteve êxito.

Antes de expor as razões para o fracasso da capitalização é preciso explicar como ela funciona. Existem dois tipos de capitalização. Um deles é o coletivo; o outro, que é defendido pelo ministro da economia, Paulo Guedes, é o individual.

Neste regime, o trabalhador passa a ter uma conta separada para depósitos mensais. Para efeitos de comparação, a capitalização individual lembra a forma como é recolhido o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Porém, nesse modelo de capitalização, as contas costumam ser geridas por entidades privadas, o que é muito bom para os bancos e gestoras financeiras.

As regras para a retirada dos valores da capitalização ainda não foram divulgadas pelo governo. Portanto, me baseio nos modelos internacionais. Nos países citados, o contribuinte opta por ter direito a uma renda vitalícia, podendo receber mensalmente após se aposentar ou recebê-la de uma só vez. Essa segunda opção é um perigo.

O brasileiro não é educado financeiramente e, provavelmente, se essa opção existir, muitos gastarão todo o valor capitalizado em curto período de tempo, chegando à velhice sem um tostão nos bolsos. Sem meios de sobrevivência, eles recorrerão aos programas sociais do governo, acarretando em mais gastos públicos. O que devia ser economia aos cofres da União acabaria gerando ainda mais gastos.

Em 1983, o Chile foi o primeiro país do continente a adotar o regime de capitalização. Atualmente, metade dos aposentados chilenos recebe menos do que um salário mínimo, o que, obviamente, não atende às expectativas dos idosos chilenos. Inclusive, o Chile é atualmente o país com maior número de suicídios entre idosos.

Em seguida, foi a vez de o Peru adotar a capitalização. O problema é semelhante e o governo já fala em aumentar a alíquota de contribuição. Já na Colômbia, o problema é outro. O país, assim como o Brasil, tem expressiva parcela da população em trabalhos informais, o que gera baixa cobertura.

O regime de capitalização também é um risco em países que vivem oscilações constantes da economia, ora de crise, ora de crescimento. Trata-se de um problema, porque nas contas individuais as taxas de juros são importantes, já que são elas que determinam se o acumulado valerá no futuro.

Para finalizar, a principal crítica é direcionada ao déficit que será criado a partir do momento em que o novo regime estiver implantado. Cada vez mais haverá pessoas direcionando suas contribuições para contas individuais e cada vez menos pessoas direcionando as quantias recolhidas para as contas do INSS, hoje responsáveis por pagar os aposentados. Portanto, quem vai pagar aqueles outros milhões de brasileiros que já se aposentaram e que estão em via de se aposentar? A conta não fecha.

A possibilidade de o próprio cidadão gerir sua aposentadoria, com menos interferência do governo e mais liberdade individual, pode até parecer positiva em um primeiro momento, mas considerando todas as informações expostas neste artigo, fica a dúvida se Brasil está pronto para essa mudança.

 

* Presidente da Confederação Nacional dos Servidores Públicos



Tags:
Veja também:









Mais vistos

Publicidade

  • ae88195db362a5f2fa3c3494f8eb7923.jpg