af643d8ad1edad7d2bf78a94a64de993.jpeg Concessionária Águas de Palhoça investe em obras de melhorias de ETEs

f39a4051a60c6acc4f410194cd13acd2.jpeg Aegea transforma o saneamento básico nos municípios em que opera em SC

240bbc0b58648717cb840d3dc82ab4a1.jpeg Famílias de baixa renda podem ter desconto de até 85% na tarifa de água

4b3a7d2aa4ded5e022dfd555bd790a70.png Gerar inaugura novo polo em Palhoça com evento “Café com a Gerar”

93780f04b0483a7286e3a68dd2f91355.jpg Guns N' Roses na Arena Opus: tudo o que você precisa saber para o show na Grande Florianópolis

9490cb2dde9c1b4eac4a6bb9d49d019c.jpeg A 71ª Festa de São Judas Tadeu em Brusque será em outubro

bf47908ea0b5a3ed12024c2ce8060c65.jpeg Livro produzido durante curso de xilogravura será lançado nesta sexta (17), na Casa do Educador

20b82cb5823142d01e4ec8ff523bd646.jpeg Projeto Pulsa Palhoça - Trilha Sonora confirma nova data para show de estreia

7095fcd61328ba086f6ef4bf98458435.jpeg Casal de Palhoça transforma paixão pela corrida em história de amor

043f42b336921975ec58196920314355.jpeg Atletas palhocenses disputam Campeonato Brasileiro de Judô Sub-13 e Sub-15 na Paraíba

9a6865b15a678a75af57668b7c9a60c0.jpeg Palhoça realiza lançamento de etapa local da Taça Brasil 2025

O regime de capitalização

Artigo do presidente da Confederação Nacional dos Servidores Públicos, Antonio Tuccílio

df8cc7e5498ce65cea8e17fb35941bc6.jpg Foto: DIVULGAÇÃO

Por: Antonio Tuccílio*

 

O regime de capitalização pode se tornar uma realidade em breve, a partir da  possível aprovação da reforma da Previdência Social no Congresso Nacional. A ideia é que apenas as pessoas que ingressarem no mercado de trabalho após a reforma passem a usufruir desse modelo. Chile, Peru, Colômbia e México estão entre os países da América Latina que implantaram esse regime, mas, até o momento, nenhum destes obteve êxito.

Antes de expor as razões para o fracasso da capitalização é preciso explicar como ela funciona. Existem dois tipos de capitalização. Um deles é o coletivo; o outro, que é defendido pelo ministro da economia, Paulo Guedes, é o individual.

Neste regime, o trabalhador passa a ter uma conta separada para depósitos mensais. Para efeitos de comparação, a capitalização individual lembra a forma como é recolhido o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Porém, nesse modelo de capitalização, as contas costumam ser geridas por entidades privadas, o que é muito bom para os bancos e gestoras financeiras.

As regras para a retirada dos valores da capitalização ainda não foram divulgadas pelo governo. Portanto, me baseio nos modelos internacionais. Nos países citados, o contribuinte opta por ter direito a uma renda vitalícia, podendo receber mensalmente após se aposentar ou recebê-la de uma só vez. Essa segunda opção é um perigo.

O brasileiro não é educado financeiramente e, provavelmente, se essa opção existir, muitos gastarão todo o valor capitalizado em curto período de tempo, chegando à velhice sem um tostão nos bolsos. Sem meios de sobrevivência, eles recorrerão aos programas sociais do governo, acarretando em mais gastos públicos. O que devia ser economia aos cofres da União acabaria gerando ainda mais gastos.

Em 1983, o Chile foi o primeiro país do continente a adotar o regime de capitalização. Atualmente, metade dos aposentados chilenos recebe menos do que um salário mínimo, o que, obviamente, não atende às expectativas dos idosos chilenos. Inclusive, o Chile é atualmente o país com maior número de suicídios entre idosos.

Em seguida, foi a vez de o Peru adotar a capitalização. O problema é semelhante e o governo já fala em aumentar a alíquota de contribuição. Já na Colômbia, o problema é outro. O país, assim como o Brasil, tem expressiva parcela da população em trabalhos informais, o que gera baixa cobertura.

O regime de capitalização também é um risco em países que vivem oscilações constantes da economia, ora de crise, ora de crescimento. Trata-se de um problema, porque nas contas individuais as taxas de juros são importantes, já que são elas que determinam se o acumulado valerá no futuro.

Para finalizar, a principal crítica é direcionada ao déficit que será criado a partir do momento em que o novo regime estiver implantado. Cada vez mais haverá pessoas direcionando suas contribuições para contas individuais e cada vez menos pessoas direcionando as quantias recolhidas para as contas do INSS, hoje responsáveis por pagar os aposentados. Portanto, quem vai pagar aqueles outros milhões de brasileiros que já se aposentaram e que estão em via de se aposentar? A conta não fecha.

A possibilidade de o próprio cidadão gerir sua aposentadoria, com menos interferência do governo e mais liberdade individual, pode até parecer positiva em um primeiro momento, mas considerando todas as informações expostas neste artigo, fica a dúvida se Brasil está pronto para essa mudança.

 

* Presidente da Confederação Nacional dos Servidores Públicos



Tags:
Veja também:









Mais vistos

Publicidade

  • ae88195db362a5f2fa3c3494f8eb7923.jpg