Por Isonyane Iris
No trecho da BR-282, entre os bairros Aririú e Bela Vista, pedestres arriscam suas vidas diariamente ao tentar atravessar as pistas, que não possuem faixa de pedestres e nem passarela. Atravessar a rodovia nesse trecho, para muitos, é a melhor alternativa, principalmente para quem trabalha, estuda ou mesmo precisa de atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) e mora no bairro vizinho. Moradores próximos afirmam que a situação é muito perigosa, inúmeros acidentes já ocorreram no local e a comunidade teme que outros possam vir a acontecer.
“Todos os dias saímos de casa meia hora antes do sinal da escola bater, para garantir o horário. Tem vezes que atravessamos bem rapidinho, mas tem dias que mofamos aqui esperando que alguém pare para que a gente consiga atravessar”, descreve Sônia Oliveira, moradora do bairro Aririú, sobre sua rotina de levar todos os dias o filho, de apenas oito anos, para a escola do bairro vizinho, Bela Vista.
Nos horários de pico, perto das 7h e das 17h, o trânsito fica ainda mais intenso e o perigo de fazer a travessia só aumenta. “Eu trabalho no bairro Aririú, então todos os dias preciso atravessar. São longos minutos de espera e de orações pedindo a Deus que me ajude, porque dá muito medo de ser atropelada”, desabafa a auxiliar de serviços gerais, Lurdes Nunes, destacando também que já precisou de atendimento na UPA e teve que se arriscar a travessar a rodovia sozinha e doente.
A reportagem do Palhocense acompanhou a dona de casa Clarisse de Souza, de 31 anos, na travessia da rodovia. Clarisse estava acompanhada da filha, Manoela, de 12 anos. Elas estavam indo do bairro Aririú para a UPA, no Bela Vista. Foram mais de dez minutos esperando carros, motos e caminhões darem uma trégua. Quando o trânsito aliviou e uma pequena fila se formou, o jeito foi passar correndo. Já do outro lado da rodovia, Clarisse disse esbaforida: “Tem dias que é bem pior. Já chegamos a esperar mais de 30 minutos para conseguir atravessar”.
Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura, a obra foi solicitada ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), responsável por construções nas rodovias nacionais, que já esteve avaliando o local.
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