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Deficiente visual cria guia para páginas na web

Ex-aluno da Unisul desenvolveu projeto de inclusão e acessibilidade para programadores

68c78803c205749c2060605d535394a9.jpeg Foto: DIVULGAÇÃO

Apaixonado por tecnologia desde a adolescência, aos 22 anos, Gustavo Farias Medeiros se formou no curso de Sistemas de Informação no campus da Unisul na Pedra Branca e fez de suas experiências combustível para desenvolver um projeto de inclusão e acessibilidade para programadores. Um projeto de impacto social, que tem como objetivo auxiliar pessoas cegas ou com algum grau de deficiência visual que atuem na área de tecnologia.

Medeiros percebeu que poderia colaborar com outras pessoas cegas que enfrentam problemas para ingressar no mercado de trabalho no segmento de tecnologia. Usando as próprias experiências profissionais e de vida, o profissional decidiu que seu trabalho de conclusão de curso seria um guia de acessibilidade em páginas da internet, com foco em pessoas com deficiência visual. “A escolha pelo tema acessibilidade para minha conclusão de curso reflete bem o que eu vivo dia a dia, e eu, como uma pessoa cega, entendo as dificuldades e sei quais são as barreiras vividas, principalmente na internet. Eu percebi o quanto precisamos evoluir nesse aspecto e a minha ideia é mostrar como as empresas precisam pensar na importância da inclusão. É preciso inserir mais a sociedade e trazer essa questão da acessibilidade na tecnologia para a pauta”, reforça.

O projeto tem como objetivo orientar quem pretende atuar como desenvolvedor de páginas de internet, oferecendo diretrizes e recomendações. Foi desenvolvido com base em uma pesquisa-questionário que o analista criou e por meio da qual conseguiu compilar os reais desafios e necessidades enfrentados por pessoas cegas no ambiente virtual. “Realizei uma pesquisa focada em entender os problemas enfrentados pelo meu público-alvo e procurei entender quais eram as habilidades e quais as melhorias que eram sugeridas. Tive mais de 50 respostas, o engajamento foi bem positivo e fiquei muito satisfeito”, comenta Medeiros. “Outro ponto importante foi a validação do guia, feita com profissionais de desenvolvimento de software, professores de computação e com pessoas cegas, que responderam perguntas sobre a estrutura do guia. Isso me deu muita segurança do que estava fazendo”, conclui.

Deficiente visual desde que nasceu, o analista conta que sua trajetória acadêmica desde a escola nunca foi fácil, principalmente pela falta de preparo da escola pública para receber um aluno cego. “Tive alguns percalços no meio do caminho e alguns problemas de aprendizado, principalmente com matemática. Precisei me desdobrar para aprender muita coisa sozinho. Na infância, fiquei bem desanimado, mas percebi onde poderia chegar com os estudos e segui empenhado e sonhando em alcançar meus objetivos”, destaca.

Ao entrar na faculdade, Medeiros diz que fatores como acessibilidade na profissão e o crescimento da área pesaram na hora da definição por qual carreira iria seguir. “Vejo que a área de tecnologia é muito mais promissora para mim e para o que eu quero para a minha vida, além de oferecer mais oportunidades de empregos, e ser uma área muito mais inclusiva”, reflete.

Com a conclusão do curso, o profissional pretende focar em sua carreira e espera que seu trabalho de conclusão de curso ajude outras pessoas da área. A ideia é que ele consiga implantar seu guia em uma empresa que não tenha nenhuma política de acessibilidade e tenha a intenção de se tornar uma organização preocupada com o tema. “Espero muito que esse trabalho sirva como referência e que ajude profissionais e empresas a pensar de forma mais acessível, usando meu guia como referência para melhorar a acessibilidade em suas plataformas. Liberei meu projeto para ser melhorado e até para ser usado comercialmente, com o intuito de que o assunto seja disseminado. Quero que a comunidade pense mais sobre acessibilidade”, destaca. “Meu grande objetivo é que esse trabalho impacte positivamente a discussão sobre acessibilidade. Quem sabe um empresário veja o que fiz, leve para sua empresa e perceba o que precisa melhorar. Eu espero muito que as pessoas com cegueira sejam beneficiadas com esse projeto”, conclui Gustavo Medeiros.

 

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