cc0c4b354ef7c6c2ae0e663cd87f48a8.jpeg Acidente envolvendo moto e caminhão é registrado no quilômetro 213 da BR-101

4666d9ca700028fef39b68b53a1b0e77.jpeg Polícia investiga desaparecimento de irmão de cantor da banda Alexandre Pires

db0afdb68ba936ef05226c0db800d527.jpeg Aegea SC faz investimentos contínuos para cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

260942093f2a0e412ac2479c25a4ee9a.jpg Trecho da BR-101 em Palhoça será interditado nesta segunda-feira (3)

3f62ccd59c211dd9be076617e5d8b78e.jpg Período de transferências de estudantes da rede municipal para a estadual começa nesta segunda (3)

109a747f89d8bfb0a661666bbfcecc3d.jpeg Akanoá agita Jardim Botânico de São José com gravação de clipe e show gratuito

1e2cfc1c36cb9eaed6673af8b20171f8.jpeg Mostra CurtaDoc realiza exibições de filmes, debates e oficinas em programação com itinerância

aa1ed6724dc0981c9f044071d2cb1341.jpeg O inesperado chegou: festa de Flying Fish movimentou Florianópolis

3155666be90f5d2965304acf354661ee.jpeg Atriz palhocense estreia no cinema nacional ao lado de Vanessa Giácomo

a04e05b18ec50db97df04ea1b4028d58.jpeg Meninos da Vila Palhoça vivem semana de avaliação no Santos Futebol Clube

0fb346e63e501fe694f78334c85d193b.jpeg Etapa da Taça Brasil registra disputas em altas ondas nesta quinta-feira (30), na Guarda do Embaú

66c167d4672495f8d471b15cf0d31fdb.jpg Taça Brasil reúne 181 surfistas na praia da Guarda do Embaú

c22407368d044d5e2fa9906303d5cd42.jpeg Triatleta de Palhoça faz sucesso no Ironman com bicicleta dos anos 1970

b6174b9bf35fcf1313be89d47247d1f9.jpeg Águas de Palhoça apoia etapa inédita da Confederação Brasileira de Surf na Guarda do Embaú

Pista para transporte coletivo melhorará trânsito

Terceira faixa da Via Expressa poderia ser compartilhada com trânsito de caminhões, por exemplo

87e608c01d3674230c5e4a9af48e05c3.JPG Foto: DAVI JOÃO/DRONE/ARQUIVO JPP

Quem usa a Via Expressa sabe que as obras de construção da terceira pista melhoraram o trânsito, tanto para quem acessa a Ilha de Santa Catarina quanto para quem deseja ir em direção ao continente. E pode melhorar ainda mais, com a destinação de uma faixa para o transporte de cargas e de passageiros. A proposta inclui que as linhas expressas de ônibus das cidades vizinhas a Florianópolis possam diminuir o tempo de viagem para deslocamento, mas a decisão cabe ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), considerando que o trecho compõe os primeiros seis quilômetros da BR-282.

As obras iniciaram em setembro do ano passado, ao custo de R$ 26 milhões, com o prazo-limite de um ano para a conclusão, sob o olhar atento do superintendente do órgão, Ronaldo Carioni.

Uma das empresas de transporte coletivo que mais utiliza a Via Expressa é a Jotur, com linhas diretas entre a estação, localizada na Ponte do Imaruim, e o Ticen, na Ilha. A prioridade na utilização da terceira pista traria reflexo positivo aos passageiros. “Com uma pista dedicada ao transporte de cargas e de passageiros, poderemos reduzir consideravelmente o tempo das viagens, o que beneficia quem precisa de ônibus, principalmente no horário de pico, como início da manhã e fim do dia”, considera Ivo Ramos, gerente geral da empresa.

Levantamento da Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis (Suderf), em conjunto com o Observatório da Mobilidade Urbana da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), aponta que atualmente há 515 horários de ônibus diários que entram na Ilha de Santa Catarina por esse que é o único acesso terrestre à parte insular da Capital.

O mesmo estudo ainda sinaliza que por cada pista circulam 1.800 carros por hora em situação de congestionamento e que a ocupação média desses veículos é de 1,3 pessoa por carro. Isso significa que passam, em média, 2.400 pessoas por hora pela via em veículos de passeio.

A mesma simulação com ônibus mostra que a capacidade aumenta consideravelmente. Com a faixa exclusiva de ônibus, até 80 pessoas por minuto serão transportadas, sendo que no horário de pico a capacidade da faixa é multiplicada por cinco. Já para os automóveis, também há melhorias no tráfego, sem a presença de ônibus na pista.

Com a faixa exclusiva para o transporte público, algumas linhas de ônibus passariam a utilizar a Via Expressa, cuja velocidade média em horário de pico será de 60km/h, conforme estimativa do Observatório de Mobilidade Urbana da UFSC. Hoje, a velocidade varia de 7km/h a 40km/h. “Os ônibus carregam muito mais pessoas do que os automóveis, e é neste sentido que temos que pensar na melhoria na mobilidade urbana da região metropolitana. Os números mostram que a faixa exclusiva para o transporte público, sem motociclistas, vai permitir que mais pessoas utilizem o sistema de ônibus. Temos que pensar que esta faixa exclusiva, que pode parecer ociosa às vezes, na verdade transporta cinco vezes mais pessoas do que o automóvel, mostrando a eficiência do ônibus. É como se fosse um trilho de trem, que nem sempre está ocupado, mas quando isso acontece, transporta um número de pessoas muito maior”, explica o professor do Observatório da Mobilidade Urbana da UFSC, Werner Kraus Jr.


Prioridade para o transporte coletivo

O urbanista Nazareno Stanislau Affonso, diretor nacional dos institutos MDT e RuaViva, observa que o transporte se tornou um “direito social”, a exemplo da saúde e educação, a partir de 2015, em continuidade à lei da Política Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/2012), criando um novo paradigma para a circulação em áreas urbanas: a prioridade no uso e nos investimentos no sistema viário passaria a ser para pedestres, ciclistas e usuários do transporte público. “Com a Lei, a sociedade brasileira conquistou a prioridade para o transporte público, um serviço essencial e um direito social constitucionalmente reconhecido como linha norteadora das políticas de financiamento da mobilidade urbana”, reflete o urbanista, em artigo recente. “No entanto, a realidade continua priorizando as políticas públicas voltadas para os automóveis, com congestionamentos cada vez maiores, viagens urbanas mais longas, estresse, poluição e grande número de mortos e feridos no trânsito. 
Diante dessa estagnação das políticas públicas, cresce a consciência na sociedade e mesmo nos governos de que não há como abrigar nas ruas tantos carros e dar fluidez a eles, e que a promessa de mais carros, mais vias e mais estacionamentos se mostra falida como projeto econômico e social”, acrescenta.

Para o urbanista, a sociedade já começa a vislumbrar uma alternativa à “cidade dos automóveis”, com ônibus fora dos congestionamentos (em faixas exclusivas, como já é hábito em grandes cidades de países desenvolvidos, principalmente na Europa e nos Estados Unidos). “Também é necessário que a sociedade lute para a continuidade da implantação de projetos estruturantes, como sistemas BRT, metrôs, ferrovias urbanas, veículos leves sobre trilhos (VLT) e monotrilhos, além de corredores segregados e faixas exclusivas de ônibus que sejam fiscalizados e monitorados eletronicamente para não serem invadidos”, projeta o especialista.

Essas propostas vêm sendo legitimadas por iniciativas internacionais como o Plano Global para a Década de Ação pela Segurança no Trânsito 2011-2020. Há um compromisso internacional que coloca o transporte público como ferramenta de aprimoramento da segurança no trânsito. A chamada “mobilidade sustentável” está na linha de frente, preconizando a priorização da mobilidade ativa inclusiva, o transporte público e a paz no trânsito, reflete o urbanista.



Tags:
Veja também:









Mais vistos

Publicidade

  • ae88195db362a5f2fa3c3494f8eb7923.jpg