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Que a paz esteja com todos nós

Centro Religioso e Cultural Árabe em Palhoça está construindo uma mesquita em local próximo à avenida Elza Luchi

b587e3ea7f1a77f67027ced038f6eeba.jpg Foto: NORBERTO MACHADO

Islã, em árabe, significa “paz”. A principal saudação islâmica (“Assalamu alaikum” é uma das grafias admitidas) significa “que a paz esteja com você”. Segundo o site islamreligion.com, essas “breves palavras árabes permitem que os muçulmanos saibam que estão entre amigos”. É o que desejam os integrantes do Centro Religioso e Cultural Árabe, criado recentemente em Palhoça. O grupo está construindo uma mesquita em um terreno próximo à avenida Elza Luchi, obviamente com o propósito de ter um local de culto mais próximo de casa (a mesquita mais próxima fica em Florianópolis, e encarar o trânsito nas pontes de acesso à Ilha “tira a paz” de qualquer um), mas também com a intenção de difundir os preceitos pacíficos da religião islâmica e mostrar aos palhocenses uma pequena noção da riquíssima cultura árabe.

“Existem muitas famílias muçulmanas aqui em Palhoça que precisam de seu próprio local de culto para a prática de sua religião. A ideia evoluiu para se tornar um centro para os muçulmanos e outros”, explica o médico Khalid Hasan Ismail Alrob, um dos mantenedores do Centro Religioso e Cultural Árabe. O Conselho de Administração é formado por profissionais de diferentes áreas, como advogado, jornalista, diretores de empresas, mulheres de negócios e outros. Seu propósito é transformar a mesquita em um centro para o diálogo inter-religioso e promover intercâmbios culturais não só entre muçulmanos, mas também com fiéis de outras religiões.

O Brasil é convidativo para esta simbiose. É um estado laico, que vê com bons olhos a diversidade étnica, cultural e religiosa. Não existem estatísticas específicas, mas é possível afirmar que há muçulmanos e mesquitas espalhados em muitas cidades brasileiras, incluindo Florianópolis, onde há uma mesquita bem no Centro da cidade. “É ótimo que estejamos aqui no Brasil. O governo não impõe restrições ou condições à prática de vários atos de culto. É importante que todos pratiquem livremente suas crenças, como garantido por lei, sem sofrer assédio de ninguém”, comenta Khalid, que é palestino e se formou em Medicina na Rússia.

Khalid chegou ao Brasil em 2002, então com 29 anos. A esposa é brasileira, natural de Tubarão (SC), e o casal tem quatro filhos brasileiros. Eles se conheceram na Jordânia e escolheram morar no pacífico território brasileiro. “É um dos países que menos tem discriminação com relação à diversidade religiosa”, defende o médico, que mora no Centro de Palhoça e trabalha em Biguaçu. Portanto, terá um local para praticar sua religião praticamente no “quintal de casa”, assim que a mesquita for concluída.

A obra começou há cerca de um ano e meio, e a inauguração está prevista para daqui a dois meses. A mesquita é inspirada na arquitetura árabe e foi projetada e executada por mãos brasileiras. Tradicionalmente, as mesquitas distinguem-se por cúpulas e minaretes, que são um sinal de que este lugar é para oração!
E a mesquita palhocense vai além! Será um lugar de confraternização de culturas. “As primeiras coisas estipuladas na constituição da mesquita: que promova a paz, o amor e a cooperação com a sociedade brasileira, sem considerar a religião e a crença”, projeta Khalid. São preceitos básicos do Islã, uma religião de misericórdia e paz. Muito diferente do extremismo, que pode acontecer em qualquer religião. É importante que esta diferenciação seja feita: o islamismo, como religião, não pode ser confundido com o extremismo. “A religião que pede o extremismo não é uma religião. A religião nunca pode ser ligada ao extremismo, porque o extremismo não tem religião! Todos nós seguimos o que aconteceu na Nova Zelândia! Você pode ligar o que o criminoso fez à religião dele? Definitivamente, não! Porque as religiões pedem amor e paz”, contextualiza Khalid, referindo-se aos ataques (promovidos por um cristão) a duas mesquitas na cidade de Christchurch, matando 50 pessoas, em março deste ano.

Como qualquer pessoa de bem, o médico acredita na coexistência pacífica entre as religiões e acredita que Palhoça será um exemplo de confraternização. “Nós somos filhos do Brasil. Nós o amamos e sempre seremos fiéis a ele. Em nossas orações, pedimos que este país permaneça grande e cheio de segurança, amor e paz”, finaliza.



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Créditos: NORBERTO MACHADO NORBERTO MACHADO NORBERTO MACHADO
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