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Volta do ensino presencial levanta incertezas

O calendário de retomada das aulas presenciais só poderá ser definido quando a cidade alcançar a marca de 15 dias sem contágio

42ab6138a045cb479336b39184890a83.jpeg Foto: SOFIA MAYER


Por: Sofia Mayer*
A discussão sobre a retomada das aulas presenciais em Palhoça ganhou fôlego após a criação, no dia 9 de setembro, do Plano de Contingência Estadual para Educação (PlanCon), documento do governo estadual que busca preparar as instituições de ensino para o retorno às atividades presenciais. No município, professores, alunos e pais de estudantes em fase escolar se dividem quanto às propostas. Mesmo com a divulgação do texto, a readaptação só vai acontecer com a autorização da Secretária de Saúde, que ainda não confirmou datas.
O PlanCon estipula oito diretrizes de ações operacionais para o retorno das aulas presenciais, incluindo medidas sanitárias, pedagógicas, de transporte, de alimentação, de gestão de pessoas e de informação e comunicação. Ainda, descreve metodologias para treinamento, capacitação e finanças. O plano foi criado pelo Comitê Estratégico de Retorno às Aulas da Secretaria de Estado da Educação, formado por mais de 15 instituições, e o Comitê Técnico Científico da Defesa Civil de Santa Catarina.
Para facilitar o processo de elaboração do Plano de Contingência Escolar, um modelo padrão pré-elaborado, chamado PlanCon Edu Escolas, foi criado. O material inclui um caderno de apoio com perguntas e respostas, que subsidiam a elaboração do plano, e um tutorial de metodologias ativas para contextos extremos, com o objetivo de auxiliar os professores em suas atividades pedagógicas. “Estamos construindo uma resposta mais eficaz e eficiente para mitigar os riscos e possíveis impactos da Covid-19”, destacou o secretário da Defesa Civil, João Batista Cordeiro Júnior.
Será disponibilizado o modelo para a elaboração do Plano de Contingência Escolar e, no âmbito municipal, serão envolvidos também os representantes da Educação, Saúde, Proteção e Defesa Civil; conselhos municipais de educação e alimentação; bem como os gestores educacionais. “Essa união de esforços é extremamente importante, porque mostra que o diálogo, a construção coletiva e o olhar propositivo são capazes de trazer resultados. Deste modo, Santa Catarina é vista como exemplo para o Brasil para enfrentamento ao coronavírus”, destacou o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro.
Vale lembrar que ainda não há data determinada para o retorno das atividades presenciais, que será comunicado com antecedência e apenas quando as informações técnicas da Secretaria de Estado da Saúde indicarem condições favoráveis para a decisão.

Preocupação com riscos
Embora a previsão seja de retomada gradual, começando com aulas de reforço a partir de estudantes do terceiro ano do Ensino Médio, há profissionais que consideram arriscado o contato presencial sem a segurança de uma vacina para a Covid-19. É o caso do professor e diretor geral da Escola de Educação Básica Governador Ivo Silveira, Adriano Cúrcio, que afirma se preocupar com uma potencial escalada na transmissão. “Isso vai colocar em risco a saúde dos familiares, dos familiares dos professores, dos alunos. Vai virar uma nova bola de neve”, acredita. Há 11 turmas de terceiro ano na escola, divididas entre alunos inscritos nos modelos matutino, integral e noturno.
Para ele, o controle das normas sanitárias já seria limitado dentro dos corredores, mas pontua que fora do espaço escolar o problema tende a se intensificar. “A gente toma todas as precauções. Isso é para uma, duas, três pessoas que trabalham aqui. Imagina mais pessoas circulando nesse ambiente”, questiona. Por fazer parte da gestão, todos os dias ele precisa se deslocar à instituição, considerada como uma “escola polo”, para tirar dúvidas e acompanhar mais de perto os processos referentes ao ensino remoto. Por enquanto, todas as atividades presenciais seguem suspensas até 12 de outubro, data de validade do decreto vigente. 

Escolas particulares questionam PlanCon
Em nota, o Sindicato das Escolas Particulares, que representa 1.300 instituições no estado, mostrou insatisfação em relação ao regramento do PlanCon. A instituição alega que o documento estadual ignora o desejo das famílias para o retorno imediato das escolas, prioritariamente dos estabelecimentos de Educação Infantil. “Agregaria ao serviço de ensino, que vem sendo prestado na sua plenitude pelo modo online, o acolhimento presencial de seus filhos em ambiente seguro e protegido enquanto os pais estiverem no trabalho”, pondera. 
O sindicato também coloca as metas do plano como inexequíveis. “Como, por exemplo, fazer com que aquela criança que teve a temperatura aferida na entrada da escola e estará utilizando máscara e álcool gel tenha que permanecer afastada um metro e meio a dois metros do colega durante o recreio no pátio? Ou que não se faça recreio”, manifestam. A sugestão seria, segundo eles, deixar as escolas trabalharem sem tornar a “tarefa impossível de ser bem feita”. 

Pais: opiniões divergentes
Há pais que não veem a hora de ver os filhos novamente em sala de aula - seja por conta do trabalho ou, até mesmo, por considerar a seletividade de restrições questionável. “Eles vão no shopping e praças. Por que não podem ir para a aula?”, indaga uma munícipe. Há quem peça a volta urgente da Educação Infantil: “Muitos pais precisam trabalhar”.
Muitos, porém, ainda se mostram receosos quanto às consequências de uma retomada. “Acho que criança não se cuida. Vão se abraçar, ficar perto”, afirma uma leitora. Outra palhocense comenta que, com o fim do ano letivo chegando, é necessário pensar em prioridades: “Até agora, nos viramos com aula online para preservar. Faltando dois meses, não adianta”. Um dos maiores temores é que os estudantes se tornem vetores do vírus. “Tem a minha mãe, que usa oxigênio e é hipertensa. É um grande risco para ela”, afirma uma moradora. 
De acordo com uma leitora do jornal Palhocense, a falta de mapeamento de casos e o desconhecimento em relação ao modo como as demais famílias lidam com a pandemia preocupam. “Desde março, minhas filhas não saem de casa, e vejo que muitas pessoas não fazem o mesmo”, comenta.

Prefeitura
Na rede municipal, as aulas presenciais só serão retomadas quando o estado liberar as atividades para o Ensino Fundamental. A Prefeitura afirma, no entanto, que a Secretaria Municipal de Educação instituiu uma comissão educacional que estuda e planeja o retorno às aulas a partir das decisões dos órgãos sanitários, após a estabilização no número de contaminados pelo novo coronavírus, de acordo com as diretrizes estaduais. O município administra a Educação Infantil e o Ensino Fundamental.
O calendário de retomada das aulas presenciais só poderá ser definido quando a cidade alcançar a marca de 15 dias sem contágio.

Desafios
Embora a rede municipal esteja mais afastada da rota dos debates, educadores já projetam um futuro desafiador. É o caso de uma professora de Educação Física que leciona em duas grandes escolas do município, no Pachecos e no Caminho Novo, cada uma com mais de mil alunos. “O que eu sei é que será muito difícil, tedioso e complicado. Porque você vai compartilhar material, você não pode ficar perto. Então, estratégias de trabalho serão todas bem complicadas, assim. Vai mudar completamente a dinâmica da aula”, antecipa.
Ela conta que o governo pediu que os professores fizessem um levantamento de notas, com geração de média, para ter um panorama geral do que está acontecendo, do entendimento de como as coisas estão reagindo e o retorno dos alunos. Foram mais de 20 dias de um exaustivo processo de conselho de classe, relata a professora. 

* Sob a supervisão de Alexandre Bonfim

 

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