Beltrano - Edição 1.008
Dona Palhoça e seus maridos no cio – Parte I
Dona Palhoça se prepara
Pra cumprir o estabelecido
A cada quatro ou oito anos
Precisa trocar de marido
Muita gente se prontifica
Querendo ser o escolhido.
Antes disso, tem outro casamento
E já está comendo o pau
Teremos por Palhoça deputados
E ninguém quer se dar mal
Alguns não sabem o que querem
Ser deputado estadual ou federal.
Pra casar, falta uns 3 anos
Mas já correm atrás dela
Por dona Palhoça morreriam
Só pra fazer amor com ela
Tanto que ela já perdeu a conta:
Pra quantos deu uma costela?
Falando dos últimos maridos
Foi casada com o João Silveira
Viveu com seu Nelson Martins
Após, do Odílio foi parceira
Trocou o Odílio pelo Chico
Por ser potranca parideira.
Uniu-se ao Neri Brasiliano Martins
Mas pelo Paulo Vidal se apaixonou
Trocou o Paulo pelo Bá
Depois com o Paulino se casou
Voltou novamente para o Paulo
E com o Ronério se ajuntou.
Com o Ronério, ficou oito anos
Viveu com ele grande emoção
Era velha, fez plástica, ficou nova
Não queria outra separação
Mas lhe arranjaram novo marido
Ao promover outra união.
Pelo Ivon ficou gamada
E o casamento foi marcado
Naquele dia proscrito
Pelo eleitor testemunhado
Na hora de dizer o “sim”
O noivo foi assassinado.
Foi grande, esse sururu
A cabeça do Ivon na bandeja
O caso foi parar na Justiça
E ficou só no “ora veja”
Dona Palhoça, desorientada,
Foi abandonada na igreja.
O que lhe pareceu pior
E que merecia uma sumanta
Foi o casamento arranjado
Que lhe ficou na garganta
Puseram-lhe de goela abaixo
Um casamento com o Pitanta.
Viveu com Pitanta cinco meses
O que fez do esposo um herói
Daí, descobriu, a duras penas
O quanto uma traição dói
É que o casamento acabou
Por causa de um gogo-boy.
Outro casamento arranjou
Não ficou sozinha nem um dia
Foi dormir com o Pitanta
E com o Camilo acordaria
Enquanto o Ivon, desesperado
Pra tê-la pra si morreria.
Ficou feliz com o Camilo
Viu o casamento no papel
Aceitou de vez seu destino
Como uma bênção do céu
Juntou seus trapos e partiu
Pra mais uma lua de mel.
Quatro anos depois,
De novo o Camilo se fez presente
Acabou cuidando bem dela
Mostrou ser um marido experiente
Também para os filhos não mediu esforços
Dando mais qualidade de vida pra gente.
Como cuidou bem da dona Palhoça
Pois não ficou na inércia
Indicou outro marido pra ela
Sem precisar de peripécia
Promoveu o casamento
Dela com o Eduardo Freccia.
Freccia passou a lhe dar presentes
E resolver ouvir seus lamentos
Fez praças, creches e limpou rios
E a exemplo do Camilo fez calçamentos
Colocou asfalto em todos os cantos
O que fortaleceu seu casamento.
Freccia diz que pensou em tudo
Por ela foi muito amado
Sentia-se em pleno direito
De ficar mais quatro anos casado
Ainda têm mais de três anos
Pra mostrar todo seu legado.
Mesmo faltado três anos
Não há nada que os outros limite
Com Palhoça também querem casar
E já arriscam uns palpites
É tanto político querendo
Que não há padre que se habilite.
O Luciano Pereira é pretendente
Tem cidadão que ficou bolado
Já falou pra Deus e o mundo
Que por Palhoça é apaixonado
Desentendeu-se com Sérgio Guimarães
Que por ela também é gamado.
Esse exemplo é interessante
Uma política nova se propunha
O Luciano e o Sérgio Guimarães
Eram unidos como carne e unha
Hoje, já é cada um pro seu lado
Deixaram de ser madeira e cunha.
O Rosiney Horácio não abre mão
E pede que o Freccia o ajude
Espera o apoio dele
Pra que de Palhoça cuide
Diz que é o mais preparado
Por ser secretário da Saúde.
Primeiro, quer ser deputado federal
Isso pra ninguém é sigilo
Por isso não entendeu
O deputado estadual Camilo
Que indicou o pai Nazareno Martins
A deputado federal, com estilo.
(Continua na próxima edição...)
Publicado em 28/08/2025 - por Beltrano