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Beltrano - Edição 736

 

A Praça dos Indecisos

 

O Antônho do Bidunga adora contar histórias de assombração. Esta foi ele que me contou, e com riqueza de detalhes.
Era madrugada! Duas almas vagavam pela Praça Sete de Setembro, sentindo saudades do tempo em que eram vivas. Estranharam não ouvir o cantar dos galos! Até porque há anos os galos não cantavam no Centro de Palhoça.
Uma alma disse para a outra:
- Juvenal, tô com saudade do tempo em que a gente ouvia o cantar dos galos nos galinheiros do seu Dorinho Haeming, do seu Valmor Wagner...
- Legal, né?! Quando os galos cantavam antes da meia-noite, a gente dizia que alguma rapariga estava fugindo para casar às escondidas com o namorado... Te alembras desse tempo?! - perguntou a alma do Nicolau, enquanto procurava, desorientada, as esculturas dos pés de ciprestes confeccionadas pelos jardineiros seu Flôr e seu Neca.
Nesse momento, a alma do Juvenal tropeçou no próprio calcanhar, desequilibrando-se e por pouco não fucinhou o nariz na fonte, onde uns bacus morriam afogados. 
Depois de se recompor, a alma do Juvenal falou:
- Intão não me lembro?! Lembro como se fosse ontem! Dia desses, fui na Cova Funda. É na Cova Funda do São Sebastião!
- O que é que tem na Cova Funda do São Sebastião?!
- Fui lá visitar o meu amigo Maninho, lembra dele?! Foi motorista do prefeito Paulo Vidal! 
- Também morreu?!
- Morreu que nada, tá gordo que é uma beleza! Fiquei olhando Maninho jogando conversa fora e tomando uma bagas com os amigos no Skinas Bar, até o Chico vir de baixo. Quando me apricatei, os galos estavam cantando da Cova ao Morro do Gato!
- O quê?! Vai dizer que na Cova Funda ainda tem galo cantando em pleno século 21?!
- Não, não tem!! São poucos, mas tem! Como também tem galo que cante na madrugada da Bela Vista!
- Que Bela Vista? Qués dizer a Terra Fraca, né?!
As duas almas penadas continuaram andando e conversando animadamente pelo jardim da praça. De repente, uma delas parou, alertando a companheira:
- Não acredito: roubaram o relógio de sol da praça!
- Tás bêbada, é?! – perguntou a alma do Nicolau tomando um susto!
- Eu não! Tenho quase certeza que aqui tinha um relógio de sol!
- Claro que tinha e ainda tem! É que andou na sombra, sob a casa do Papai Noel, mas depois o Camilo desapropriou a residência do Bom Velhinho!
O que a alma do Juvenal alertou:
- Lá na frente tem um homem se mexendo - disse ele, apontando o dedo em direção às mesas de dominó vazias, pois pelo avançado da hora, os aposentados de Palhoça estavam todos dormindo em casa.
- Onde andas arrumando bebida? Tás bêbada, é?! É a estátua do dotô Ivo Silveira, não tás vendo, não?!
- Agora, tô! O que quero saber é o que o dotô Ivo tá fazendo numa hora dessas na Praça? Por acaso foi ele que fez essa praça, foi?
- Que nada! Quem construiu a praça foi o prefeito Reinoldo Alves!
- Se foi o Reinoldo Alves, por que não botaram na praça o busto dele?
- Vai vê não encontraram o retrato, faz muito tempo! Na época eu ainda era vivo!
- Tás é meninando! Tá escrito na placa: “Praça Nereu Ramos”. O busto deve ser do doutor Nereu!
- Mas o nome da praça não é “Praça Sete de setembro”?!
- Diz que é, mas vai lá saber o que está certo e o que está errado!
- Quer dizer que a praça foi construída pelo Reinoldo Alves, recebeu o nome do Nereu Ramos, o povo chama de Praça Sete de Setembro e o busto é do Ivo Silveira?!
- É isso aí, Juvenal!
- E depois é a gente que pertence ao sobrenatural, né, Nicolau!
- Pois é, compadre, depois dizem que é o efeito daquilo que bebemos em vida!
- Nicolau, eu fico pensando: será que foi mesmo o velho Caetano Silveira de Mattos que descobriu a Palhoça?!
- Se foi o Caetano que descobriu eu não sei, mas que foi o Ronério que cobriu a rua da praça  eu tenho certeza!
O Antônho do Bidunga diz que as almas de Juvenal e Nicolau ficaram tão confusas que continuam vagando até hoje pela Praça Sete. Vez ou outra vão à Prefeitura e à Câmara para ver se encontram outros fantasmas mais vivos que eles, para que finalmente encontrem uma luz no fim do túnel! 



Publicado em 23/04/2020 - por Beltrano

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