Por: Willian Schütz
Um dos marcos da história fotográfica da cidade, a Foto Palhoça Gedalvo, fundada em 1967, foi considerada por muitos, por quase seis décadas, como “a casa da fotografia” do município. Agora, em meio à transformação digital, a loja física fecha as portas para dar início a uma nova fase, com atendimento totalmente online.
O anúncio foi confirmado por Eduardo Passos, filho de Gedalvo José dos Passos, o entusiasta da fotografia que deu vida à Foto Palhoça. Eduardo seguiu os passos do pai e deu continuidade ao negócio. Segundo ele, é o encerramento de um ciclo importante. “A Foto Palhoça Gedalvo marcou gerações e fez parte da história da cidade. Em memória do fundador e em homenagem a toda a família, que, ao longo dos anos, trabalhou com dedicação e carinho, queremos registrar nossa gratidão”, destaca Eduardo.
A loja física se despede, mas o trabalho continua. A partir de agora, a Foto Palhoça Gedalvo seguirá atuando em formato digital, com serviços de cobertura de eventos e impressão de fotografias digitais com entrega. O atendimento será conduzido por Eduardo Gedalvo dos Passos e Ana Karla Rodrigues Sanches, que dão continuidade ao legado construído desde 1967.
Nesta nova fase, os clientes poderão acessar os serviços pelo perfil @fotopalhoca no Instagram. Mais informações e agendamentos podem ser contatados via WhatsApp (48) 98444-5778 ou (48) 98506-8366 e pelo e-mail fotopalhoca@hotmail.com.
Um legado para a cidade
Segundo pesquisas do escritor, jornalista e memorialista João José da Silva, o empreendimento iniciado por Gedalvo na década de 1960 foi o primeiro a utilizar o nome “Palhoça” em sua identidade comercial. Ao longo de décadas, registrou momentos inesquecíveis de milhares de famílias: casamentos, aniversários, festas religiosas, formaturas, batizados e inúmeros acontecimentos sociais e políticos.
Gedalvo começou a se apaixonar pela fotografia ainda adolescente, na década de 1940, com uma câmera emprestada. Antes de se dedicar totalmente à arte, foi professor em escolas da região. Somente na década de 1960 decidiu transformar a paixão em profissão, criando o laboratório fotográfico que se tornaria referência no município.
Ao lado da esposa, Judithe Macedo dos Passos, com quem teve 10 filhos, construiu uma história de amor à imagem e à memória coletiva. Faleceu em 2020, seguido pela esposa em 2021 e por um dos filhos, Salésio.
Ainda assim, essa trajetória segue viva através do trabalho intenso dedicado à arte de fotografar. “Mais do que fotografias, seguimos contando histórias e eternizando momentos com a mesma paixão de sempre”, afirma Eduardo.
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