A concessionária Águas de Palhoça iniciou, na manhã de terça-feira (5), uma nova fase de modernização do sistema de abastecimento de água no município, com o início da instalação de sete macromedidores e três válvulas redutoras de pressão (VRPs). O investimento, estimado em pouco mais de R$ 2 milhões, busca ampliar o controle operacional, reduzir perdas, evitar vazamentos e garantir maior regularidade no fornecimento de água para a população.
A instalação dos macromedidores e VPRs será realizada em sete etapas, com o término dos trabalhos previsto para setembro. A primeira delas iniciou na terça (5), quando foi necessário interromper o fornecimento por 15 horas nos bairros Centro, Caminho Novo, Ponto do Imaruim e Rio Grande, e também no Loteamento Firenze e em parte da Barra do Aririú.
Os novos equipamentos estão sendo instalados em pontos estratégicos da rede. Os macromedidores ficarão posicionados nos sete pontos de importação de água, atuando como medidores de transferência de custódia. Isso significa que a concessionária poderá acompanhar com precisão e transparência os volumes de água recebidos, uma etapa fundamental para o monitoramento do desempenho hidráulico do sistema, facilitando o controle de perdas e o planejamento da operação.
As válvulas redutoras de pressão, por sua vez, serão instaladas após três desses macromedidores e terão a função de regular e estabilizar a pressão da água que entra nas áreas de abastecimento. Esse controle é essencial para evitar oscilações e pressões excessivas, que normalmente ocorrem à noite e são responsáveis por boa parte dos rompimentos e vazamentos nas redes.
Controle inteligente e em tempo real
Um dos grandes diferenciais dessa iniciativa é o uso da automação e da telemetria. Os macromedidores eletromagnéticos e as VRPs contarão com tecnologia que permite o monitoramento remoto em tempo real por meio do sistema supervisório, controlado pelo Centro de Controle Operacional (CCO) da Aegea SC. A central funciona ininterruptamente, possibilitando que operadores acompanhem vazões, volumes, pressões e eventuais falhas no sistema com agilidade, otimizando respostas e reduzindo o tempo até o reparo.
“Automatizar uma VRP é mais do que modernizar um componente da rede, é adotar uma estratégia proativa, inteligente e sustentável para o controle da distribuição de água. Isso se traduz em menor desperdício, mais segurança operacional, melhor atendimento ao usuário e economia de recursos, através da resposta rápida a anomalias”, explica a gerente de Operações da concessionária Águas de Palhoça, Joana Andreazza Claudino dos Santos.
Modernização contínua
Com a modernização da rede e a implantação de controle inteligente da pressão, a meta contratual da Águas de Palhoça é reduzir o índice de perdas para 25% em até 10 anos. Atualmente, a média nacional gira em torno de 38%.
A atuação das VRPs, por exemplo, permite que o sistema se adapte automaticamente ao consumo instantâneo, mantendo pressões equilibradas e evitando desgastes nas tubulações. “Isso não apenas reduz o número de vazamentos, mas também preserva recursos hídricos, já que cada litro de água não perdido significa menor necessidade de captação, tratamento e transporte”, completa Joana.
A instalação dos novos equipamentos em Palhoça segue um modelo já adotado por outras unidades da Aegea em Santa Catarina, onde macromedidores e VRPs são amplamente utilizados para melhorar a eficiência dos sistemas. Além disso, estudos de modelagem hidráulica estão em andamento para identificar novas intervenções necessárias e nortear investimentos futuros.
07/08/2025
07/08/2025