Uma sessão solene com o intuito de valorizar a cultura local marcou a noite da última quarta-feira (28), na Câmara Municipal de Palhoça. O evento, promovido pela Academia de Letras de Palhoça (ALP), teve como destaque a entrega do Prêmio Ivo Silveira de Cultura – edição 2025, concedido ao artista Luzair Lauro Martins, em reconhecimento ao seu trabalho dedicado à preservação da cultura popular, do folclore e das tradições palhocenses.
Nascido em 4 de novembro de 1953, na Barra do Aririú, Luzair cresceu em meio à simplicidade, ouvindo os cantos do Boi de Mamão, do Terno de Reis e da Cantoria do Divino. Nesse cenário, desde muito jovem assumiu a missão de manter vivas as manifestações culturais de sua comunidade. Fundador do Grupo Folclórico Filhos da Terra, Luzair promove a cultura popular em escolas, praças, instituições e eventos culturais.
Por decisão unânime dos membros da ALP, Luzair foi reconhecido como um verdadeiro guardião da memória, das tradições e da alma do povo palhocense. Esse reconhecimento se deu através da honraria promovida anualmente pela instituição, o Prêmio Ivo Silveira de Cultura.
Além do premiado, os integrantes que cantam e tocam no Terno de Reis receberam um certificado de honra da ALP: Claudionor Soares, Maria Carolina de Espíndola e Dulce Vanda Botelho. Também receberam certificados, pela participação no Grupos Folclórico Filhos da Terra: Hilário Zimerman e Jaques Osni Moreira.
Filme sobre a cultura local
A solenidade também marcou o lançamento oficial do documentário “Saberes e Fazeres da Cultura de Base Açoriana que ainda existe em Palhoça”, uma obra que eterniza os saberes, as práticas e os valores transmitidos de geração em geração.
O filme foi realizado sob a sensível e cuidadosa direção de Jeanine Nahas Donatello, com pesquisa e texto de Neusa Bernado Coelho, locução de Valdeci Motta, cinegrafia de Luciano Alves e edição de Eduardo Gatner.
Durante a cerimônia, o público foi convidado a acompanhar a exibição oficial do documentário. A obra registra traços marcantes da cultura local, como o trabalho das rendeiras, pescadores, engenhos de farinha, benzedores, fazedores de balaio e tarrafa, cantadores de Terno de Reis e toda a simbologia envolvida na Festa do Divino Espírito Santo.
O documentário contou com o apoio da Casa da Cultura Açoriana Enseada de Brito e do Centro Cultural Laudelino Weiss, ambos espaços vinculados à Fundação Municipal de Esporte e Cultura de Palhoça (Fmec).
29/05/2025
26/05/2025