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Vamos aprender um pouco sobre a esquizofrenia?

No final de maio, aconteceu a Semana Estadual de Conscientização sobre a Esquizofrenia

bfb759808ca909777ef422157dcd65c1.jpeg Foto: REPRODUÇÃO

Aproveitamos a recente passagem da Semana Estadual de Conscientização sobre a Esquizofrenia, definida entre os dias 20 e 27 de maio, para falar um pouco sobre este tema. Especialmente neste momento de afastamento social, em função da pandemia da Covid-19, é importante o debate sobre doenças ligadas ao emocional, como é o caso da esquizofrenia.

O médico psiquiatra Vagner Kuklik, que atua na rede pública de Palhoça, explica que a esquizofrenia é um transtorno psiquiátrico crônico que altera a forma como o indivíduo pensa, se comporta e sente. Os sintomas presentes são delírios (crenças fora da realidade), alucinações (alterações de percepção), discurso e comportamento desorganizados e sintomas negativos (sem afeto, expressão emocional diminuída).

Para o diagnóstico, devem ser descartados outros transtornos mentais maiores (como depressão e bipolaridade) ou efeitos de substâncias psicoativas (como cocaína e LSD) ou outra condição médica. O diagnóstico é clínico (sem exames complementares) e deve ser feito por um profissional habilitado. “O diagnóstico e tratamento precoces melhoram a sobrevida e funcionalidade”, observa o médico. “A causa ainda não é completamente esclarecida, porém, se sabe que é multifatorial, envolvendo fatores genéticos, ambientais e fisiológicos”, acrescenta.

Os sintomas geralmente começam entre o fim da adolescência e os 30 anos (em média aos 20 anos). “O início pode ser abrupto, já com um surto psicótico, porém, a maior parte tem início lento e gradativo”, explica o doutor Vagner.

O tratamento é crônico e, quando seguido corretamente, oferece ao paciente condições de manter funcionalidade social e profissional. O tratamento deve ser multiprofissional, englobando o profissional psiquiatra (que geralmente lançará mão de medicações da classe dos antipsicóticos), psicólogo, terapeuta ocupacional, educador físico e nutricionista; tudo visando a uma boa qualidade de vida para o paciente.

A esquizofrenia afeta 1% da população mundial, sendo mais prevalente em homens, como o filho de 33 anos da moradora de Palhoça Josiane Moiseis Pierri, voluntária e representante em Santa Catarina da Associação Mãos de Mães de Pessoas com Equizofrenia (Amme), com sede em Curitiba (PR). “Meu filho tem 33 anos e trata de esquizofrenia há 16 anos. Na verdade, vive em isolamento social. A doença tem sintomas positivos e negativos, e alguns apresentam fobia social, que é o caso do meu filho”, relata Josiane.

Atualmente, em função da Covid-19, sem leitos para internação e com trabalhos limitados, a situação piora. “Nesta pandemia, a família sente na pele o que é ficar isolada. O suporte familiar é importante para que eles se sintam seguros. O medo de tudo o que acontece, as alucinações que passam, são alguns dos maiores desafios. Precisamos nos cuidar para conseguirmos dar este suporte. Esquizofrenia não tem cura, mas vem com uma família que lhe cuida”, argumenta Josiane. “A colaboração e entendimento da doença por parte dos familiares é de extrema importância para uma boa evolução do quadro, visto que é uma doença grave e o desfecho pode ser fatal – 5% a 6% dos indivíduos com esquizofrenia morrem por suicídio, e 20% têm ao menos uma tentativa”, reflete o médico psiquiatra.


Atuação do Poder Público

Palhoça possui a Rede de Atenção Psicossocial (Raps), cuja finalidade é a ampliação e a articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). “Uma das finalidades da Raps em nosso município é garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de saúde no território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do acompanhamento contínuo e da atenção às urgências, e dessa forma promover a reabilitação e a reinserção das pessoas com transtorno mental”, explica Patrícia Oliani, coordenadora de Saúde Mental no município.

A Rede de Atenção Psicossocial de Palhoça é composta por: unidade básica de saúde, equipes de atenção básica, Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasf), Samu, UPA 24 horas, comunidades terapêuticas, portas hospitalares de atenção à urgência e pronto-socorro em hospital geral, Instituto de Psiquiatria de Santa Catarina (IPQ) e os Centro de Atenção Psicossocial (Caps).

Os Caps são serviços que funcionam entre 8h e 18h durante os cinco dias úteis da semana. Há três Centros de Atenção Psicossocial (Caps) no município, em suas diferentes modalidades: Caps i, que atende crianças e adolescentes que apresentam prioritariamente intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida; Caps ad (álcool e drogas), responsável por atender pessoas de todas as faixas etárias, que apresentam intenso sofrimento psíquico decorrente do uso de crack, álcool e outras drogas; Caps II, que atende prioritariamente pessoas em intenso sofrimento psíquico decorrente de transtornos mentais graves e persistentes, incluindo aqueles relacionados ao uso de substâncias psicoativas, e outras situações clínicas que impossibilitem estabelecer laços sociais e realizar projetos de vida.

Os Centros de Atenção Psicossocial têm, em sua equipe: médico psiquiatra, médico psiquiatra infantil, médico clinico geral, psicólogo, assistente social, enfermeiro, enfermeiro com formação em Saúde Mental, técnico de enfermagem e técnico administrativo. Os Caps são serviços de saúde capacitados para o acompanhamento dos pacientes de forma intensiva (pacientes que, em função de seu quadro clínico atual, necessitem acompanhamento diário), semi-intensiva (pacientes que necessitam de acompanhamento frequente, fixado em seu projeto terapêutico, mas não precisam estar diariamente no Caps) e não-intensiva (pode ter uma frequência menor).

Em Palhoça, atualmente, há 49 pacientes esquizofrênicos em acompanhamento pelo serviço de saúde mental: 13 deles estão entre os 179 pacientes atendidos pelo Caps ad, e outros 36 estão entre os 99 pacientes atendidos pelo Caps II. Durante a pandemia da Covid-19, Palhoça está seguindo as orientações do Ministério da Saúde, da Secretária de Estado da Saúde e de decreto municipal. Dessa forma, desde o começo do isolamento social, os Caps estão atendendo os pacientes de forma reduzida. “Os serviços se adaptaram para oferecer atendimento e não deixar os usuários do SUS sem assistência à saúde”, garante a coordenadora. 

 

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