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Beltrano - Edição 743

 

 

Eles comem perereca, nós engolimos sapo 

 

No Brasil, assim como na natureza
A formiga, quando quer se perder, cria asas
É aquele que mais pode e quando não pode se sacode
E acaba ajudando Satanás a espalhar suas brasas.

Em Santa Catarina, não tem senhor nem senhoril
A língua tem servido como chicote do rabo
Basta ver na nossa história mais recente
De quem nem percebe que vendeu a alma ao diabo.

Todos sabem que pedra que muito rola não cria limo
E que se estica as pernas conforme a manta
Mas quando o gato sai, os ratos dançam
Tentando ganhar o almoço para comer na janta.

Temos que perseverar, pois é essa a saída
Não dá para beber sempre água com sal
Mesmo assim teimam em fazer união
Sabendo que a pior cunha é a do mesmo pau.

Se águas passadas não movem moinhos
A missa se espera na porta da igreja
Mas tudo que o diabo dá, o diabo leva
Seja tomando whisky, cuba ou cerveja.

Se a porta da rua é a serventia da casa
Sabe-se que dia de muito é véspera de nada
Se gato com fome come sabão
O que se vê no Brasil é apenas fachada.

Já que do burro só se espera o coice
A honra e o proveito não cabem no mesmo balaio
Para cada chinelo velho tem um pé torto
Para cada político se vê mais de cem lacaios.

Sabe-se que árvore ruim não dá boa sombra
O nosso problema é a falta de opção
Enquanto eles tiram suas barrigas da miséria
O eleitor brasileiro é que fica na mão.

Na eleição de 2020, todos os gatos serão pardos
Com sede ao pote, estão indo com usura
Com a velha máxima, querem participar da festança
Pois água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.

Já que a esperança é a única que morre
Para se eleger, antes tarde do que nunca
Aproveitando a sorte enquanto está a seu favor
Ajudam a transformar a política numa espelunca.

Não há quem acredite que a união faz a força
Dois bicudos aqui se beijam em nossa presença
Se cada coisa fica ao seu tempo
Para cada cabeça se tem uma sentença.

Para o político, antes tarde do que nunca
Pois de grão em grão vão enchendo o papo
De moeda em moeda vão fazendo fortuna
Comendo perereca e nós engolindo sapo.

Como em rio que tem piranha, jacaré nada de costas
Tem no Brasil quem roube enquanto furta
Contando com o ovo no bizu da galinha
Vão cutucando a Justiça com vara curta.

O político de Palhoça aprendeu a duras penas
Que é na necessidade que se conhece o amigo
Que não há marcas que o tempo não apague
E que chegou a hora de na Prefeitura pedir abrigo.

Aqui, nossos políticos preparam o bote
Diga-me com quem andas e eu te direi quem és
Pois é melhor prevenir do que remediar
E nunca trocar as mãos pelos pés.

O eleitor palhocense aprendeu a duras penas
Que não adianta chorar sobre o leite derramado
Caminha sozinho, mas olhando em frente
Preferindo um pardal na mão do que dois pombos no telhado.

Se mais vale um pássaro na mão do que dois voando
O Ivon agora só vai gostar de quem votar nele
Não vai mais permitir que puxe seu tapete,
Vai caminhar com Deus buscando o sonho dele.

O Ronério vai pensar duas vezes antes de agir
Sabe que uma andorinha só não faz verão
Por isso, tem uma ou mais cartas na manga
Pode lançar dona Dirce ou o Amaro na próxima eleição.

O Rosiney e o Eduardo Freccia já aprenderam
Que cada macaco precisa ficar em seu galho
Que em boca aberta sempre vai entrar mosquito
E que ninguém chega ao topo sem muito trabalho.

O Luciano quer remar pra Prefa a todo vapor
O Jean Negão também quer embarcar no navio
Se forem prevenidos, cada um vai valer por dois
Pois são os pequenos riachos que formam um grande rio.

Se o que aqui se faz, aqui se paga
Com receio tem vereador que sabe
Que não há bem que sempre dure,
E nem há mal que nunca se acabe! 



Publicado em 11/06/2020 - por Beltrano

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