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Palhocense em luta contra o câncer supera adversidades e se forma técnica de enfermagem

Jussara Gonçalves se formou no final de julho; agora, vai concluir o estágio e ingressar na profissão

1d494d29987f12e53b4e13433ba6777c.jpeg Foto: DIVULGAÇÃO

Por: Willian Schütz

 

Aos 30 anos, a palhocense Jussara Gonçalves vive uma trajetória de superação. Moradora da comunidade Frei Damião, ela batalha há 10 anos contra o câncer e, durante essa década de tratamento, vieram muitas mudanças: maternidade, muito trabalho e muitos estudos. Tanto esforço vem dando resultados: no final de julho, ela se formou como técnica de enfermagem. Agora, Jussara está prestes a concluir um estágio e vem se preparando para ingressar nesse novo capítulo da sua história.

O dia 26 de julho marcou um novo momento para vida de Jussara. Foi o dia da colação de grau da formatura como técnica de enfermagem. Após quase uma década de luta contra um câncer raro e agressivo, ela agora pode estar do outro lado: ajudando pacientes. Faltam apenas sete semanas de estágio obrigatório para que ela possa solicitar o registro profissional e atuar na área — que escolheu justamente inspirada pela forma como foi cuidada durante seu próprio tratamento. 

Essa trajetória de superação começou em agosto de 2016, quando a jovem procurou atendimento médico, com muitas dores. Ela tinha um abscesso no ombro direito. Após 13 dias internada, saiu do hospital com uma biópsia feita. Uma semana depois, recebeu o diagnóstico: sarcoma de Ewing, um tipo raro de câncer que, apesar de atingir principalmente os ossos, também pode se manifestar em tecidos moles — como foi o caso da palhocense.

A notícia parecia ainda pior: o estágio da doença já estava avançado. Segundo Jussara, o estágio já estava classificado como grau quatro. Assim, ela foi encaminhada ao Centro de Pesquisas Oncológicas (Cepon), em Florianópolis, onde iniciou a quimioterapia cerca de um mês depois. “Foram muitas sessões. Tantas que eu perdi a conta. Fiquei sete anos careca”, relembra Jussara.

Mais do que os efeitos físicos, o impacto emocional da quimioterapia foi profundo. “A gente precisa ter uma mente muito forte, muito mesmo. Eu só consegui seguir em frente porque nunca perdi a esperança”, argumenta a palhocense.

 

Maternidade e superação

Em 2020, em meio à pandemia, Jussara seguia em tratamento. Já fazia quatro anos após o diagnóstico, mas a batalha continuava. Foi nesse contexto que ela descobriu estar grávida. “Foi difícil, mas levei até o fim. Tive parto normal. Minha filha, Aurora, nasceu perfeita”, revela. 

Três meses após o nascimento da filha, exames apontaram o retorno do câncer — agora de forma ainda mais agressiva, atingindo os dois pulmões, a coluna, o quadril, a perna esquerda e novamente o ombro direito. Jussara retomou o tratamento com quimioterapia, mas, após algumas sessões, os médicos constataram que o organismo já não respondia bem ao tratamento. “A médica avaliou que a quimio estava só me enfraquecendo ainda mais. Desde então, estou sem quimioterapia, apenas em acompanhamento médico e controle da dor”, destaca. 

Atualmente, a jovem toma morfina a cada quatro horas para suportar as dores, além de realizar exames regulares. A próxima consulta está agendada para a segunda quinzena de agosto, quando os médicos irão avaliar seus exames mais recentes e discutir ajustes na medicação.

 

Uma vocação

Em meio às dores e incertezas, Jussara começou a refletir sobre sua vocação. Lembrou do carinho e do acolhimento das enfermeiras que a acompanharam no Cepon. Foi nesse momento que surgiu o desejo de se tornar técnica de enfermagem. Com o valor que começou a receber, ela buscou uma alternativa para investir nos estudos. Matriculou-se na Escola Técnica Pró-Saúde, no Centro de Florianópolis.

Conciliar a rotina de mãe solo, paciente oncológica e estudante técnica não foi tarefa simples. Segundo amigos, Jussara precisou enfrentar adversidades durante o curso, pagando pelo transporte, muitas vezes sem dinheiro, e temendo olhares de discriminação. Para isso, ele contou com muitas amizades, que ajudaram em muitos momentos — inclusive para viabilizar a formatura. 

“Eu tenho câncer, mas ele jamais vai me ter. Vivo sem medo de julgamentos. Só eu sei o que passei para estar aqui hoje”, afirma Jussara. “Agora, restam apenas sete semanas de estágio supervisionado para que possa dar entrada no Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e exercer oficialmente a nova profissão”, finaliza.



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Créditos: DIVULGAÇÃO DIVULGAÇÃO
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