Foto: DIVULGAÇÃO
Está chegando a estreia do novo espetáculo dirigido pelo palhocense Welington Moraes. Intitulado “Nossa Senhora do Desterro”, o drama surrealista da KazaBaka Cia de Teatro promete emocionar o público com uma história profunda e visualmente impactante. A peça, que já conquistou prêmios antes mesmo da estreia oficial, tem seis apresentações confirmadas em Florianópolis, marcando presença na cena teatral da capital catarinense entre o fim de novembro e o mês de dezembro.
A estreia está marcada para o dia 20 de novembro, no Teatro Luiza Lorenz, em Santo Antônio de Lisboa, um dos mais tradicionais redutos culturais da cidade. Após a primeira sessão, o espetáculo segue em temporada com apresentações nos dias 21, 22, 28 e 29 de novembro, também no Teatro Luiza Lorenz, e nos dias 12 e 13 de dezembro, no Teatro Ubro. Os ingressos já estão disponíveis para o público no site www.pensanoevento.com.br/nossasenhoradodesterro.
Nossa Senhora do Desterro é um drama surrealista com classificação indicativa de 16 anos, que mergulha nas profundezas da alma humana e nas contradições de um passado que ainda ecoa no presente. A trama se passa na antiga ilha de Nossa Senhora do Desterro — atual Florianópolis —, onde José Mercúrio busca por sua esposa desaparecida, Maria da Revelação, em uma das praias esquecidas do lugar. Durante essa jornada, ele enfrenta delírios e revelações que colocam à prova sua sanidade, revisitando fantasmas de um passado próximo e confrontando conceitos como amor, culpa e pecado.
A narrativa se desenvolve de forma onírica e sobrenatural, com forte inspiração na cultura açoriana e suas tradições de bruxas e bruxedos. A estrutura dramatúrgica da peça é comparada às rendas de bilro — símbolo da herança cultural da ilha — e faz alusão às parcas gregas, figuras mitológicas que tecem o destino dos seres vivos. Mais do que uma história sobre perda e mistério, Nossa Senhora do Desterro é um retrato contundente sobre heranças, violência contra a mulher e os ciclos de opressão que se repetem ao infinito, perpetuando verdades patriarcais e desafiando a resistência do feminino frente à rigidez do olhar masculino.
Com direção, dramaturgia e iluminação assinadas por Welington Moraes, o espetáculo conta com produção da KazaBaka Cia de Teatro, sonoplastia de Wagner Macedo, figurinos e cenário criados pelo próprio grupo, e atuações de Celma Ioci e Guilherme Macedo, que dão vida aos personagens em um palco marcado por intensidade emocional e estética simbólica.
O reconhecimento ao trabalho de Welington Moraes e da companhia veio antes mesmo da estreia. O diretor e ator palhocense esteve entre os premiados da 1ª Mostrinha de Cenas Curtas de Tupã, realizada pelo Instituto Luiz Bertazzoni, em São Paulo. Junto da KazaBaka Cia de Teatro, ele conquistou troféus pelo trabalho “Nossa Senhora do Desterro”, apresentado em formato de cena curta adaptada do novo espetáculo. A premiação integrou o festival anexo à VII Mostra Fênix de Linguagens Cênicas.
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